Mélissa Gomes disse hoje que a goleada sofrida com a Dinamarca (7-0), na segunda jornada da Algarve Cup, serviu de alerta para a seleção portuguesa de futebol feminino, que daqui a quatro meses se estreia num Europeu.

“Há coisas que não acontecem por acaso. Se calhar isto foi por acaso, foi bom para abrirmos os olhos e que temos de trabalhar muito mais para podermos fazer um Europeu ao nível que tanto desejamos”, referiu.

No final do último treino antes da partida com o Canadá, da terceira e última jornada do grupo 1 da Algarve Cup, a jogadora do Sporting de Braga disse esperar “um jogo difícil”, em que as jogadoras terão “de estar concentradas os 90 minutos”.

“Vai ser um jogo de grande superação, porque o Canadá é uma excelente equipa, com jogadoras profissionais e muito acima no ‘ranking’ em relação a nós, mas é possível, se estivermos concentradas, se formos Portugal. De certeza que vamos fazer um bom jogo”, afiançou.

Ainda sem pontuar na presente edição da Algarve Cup, Portugal, 38.º do ‘ranking’, defronta o campeão da prova e quarto do mundo, Canadá, que venceu as duas primeiras partidas, num jogo que se disputa na segunda-feira, no Estádio Algarve.

O encontro contra as canadianas surge três dias depois da goleada sofrida frente à Dinamarca, naquela que foi a pior derrota da seleção desde que Francisco Neto se tornou selecionador, há cerca de três anos.

“Quando erramos na vida, devemos ter sempre capacidade de superar as coisas. Já superámos, mas não esquecemos, porque é bom ter os erros na cabeça para não voltar a cometê-los”, assumiu Mélissa Antunes.

Confessando que a derrota com as nórdicas deixou as portuguesas “um pouco cabisbaixas”, Mélissa Antunes garantiu que “a moral está levantada” e que as jogadoras querem voltar a superar-se e continuar a crescer para estarem “cada vez mais preparadas para o Europeu”.

“Vamos manter o nosso princípio de jogo, apenas temos estado a consolidá-lo. Estivemos a ver os erros que cometemos para não voltar a fazê-los.

Obviamente que estamos a estudar o Canadá e tentar explorar os pontos fracos e tentar parar os fortes. Os nossos princípios mantêm-se e esperemos ser Portugal como sempre”, afirmou.