Mónica Jorge, diretora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), assumiu hoje que é um bom sinal para o futebol feminino existirem, pela primeira vez, mais de 4.000 praticantes em Portugal.

De acordo com números da FPF, há neste momento 4.062 praticantes de futebol feminino em Portugal, das quais 3.010 estão em idade júnior, sendo que, em 2016, eram um total de 3.035 as jogadoras federadas.

“É bom sinal, é sinal que os projetos em que a Federação está a investir, mais na área da formação do futebol feminino, estão a dar os seus frutos e esperamos não ficar por aqui. É um número pelo qual todos ansiávamos, passar os 4.000, especialmente nas juniores acima das 3.000”, assumiu a responsável pelo futebol feminino na FPF.

Mónica Jorge disse ainda esperar que “mais jovens pratiquem futebol feminino”, salientando os bons resultados da seleção e dos clubes do campeonato podem trazer mais atletas e mais público aos estádios.

A diretora da FPF falava à margem do treino da seleção portuguesa, um dia depois do empate com o Canadá (0-0), na terceira e última jornada da Algarve Cup de futebol feminino, que surgiu três dias depois da goleada sofrida frente à Dinamarca (6-0).

“Todos nós temos os nossos momentos em baixo e, às vezes, é preciso refletir para se mudar formas de estar e atitudes. Faz parte crescermos com os nossos erros, faz parte do processo, mas todos sabemos que a nossa seleção feminina e as nossas jogadoras estão em crescimento, portanto ainda falta muito trabalho para chegarmos a altos patamares, mas faz parte do processo”, referiu.

Para Mónica Jorge, contra o Canadá as jogadoras da seleção “foram Portugal e foram aquilo que já mostraram ao país neste último ano” e que “o importante é que reconheceram os erros, é que mudaram a forma de estar e a sua atitude e isso é o mais importante”.

“Ser humilde é reconhecer esses erros para poder dar um passo mais à frente e a resposta desta equipa nos momentos menos bons foi sempre conseguir ultrapassá-los e, por isso, se calhar chegou ao Europeu desta forma. Agora é preciso trabalhar mais e elas terem esse compromisso para chegarem em julho ao melhor nível”, afirmou.