A árbitra internacional de futebol Marximina Luzia Bernardo manifestou hoje, em Luanda, a necessidade das mulheres ingressarem na categoria da arbitragem, com vista a enriquecer ainda mais a classe feminina nesta vertente.

Em declarações à Angop no quadro do “Março Mulher”, a juíza angolana que apita no Girabola, disse que a arbitragem feminina está a afirmar-se cada vez mais e melhor, quer internamente quer no capítulo internacional, tendo exemplificado a presença de Patrícia Costa na 41ª edição do campeonato do mundo de hóquei em patins, disputada o ano passado nas cidades do Namibe e de Luanda.

Sem adiantar o número de mulheres a apitar nas diversas modalidades, referiu serem ainda poucas as que abraçaram este capítulo, mas que têm dignificado a classe quando são chamadas a atuar tanto no país como no exterior.    

Marximina Bernardo recordou ainda que a primeira vez que apitou um jogo do Girabola (sem mencionar as equipas) foi em 2004, onde entrou determinada, tendo em conta que já vinha dirigindo partidas nos campeonatos provinciais de Luanda em femininos em iniciados, juvenis, juniores e seniores.

Esclareceu que o árbitro é o elemento encarregue de fazer cumprir as regras e o regulamento de um evento desportivo. Tem autoridade plena para fazer cumprir as normas do jogo e as suas decisões são definitivas.

Marximina Bernardo já esteve em três fases finais de Campeonatos Africanos das Nações (CAN) em femininos, designadamente África do Sul2004, Nigéria2006 e Guiné Equatorial2008.

Nas competições da África do Sul e da Nigéria apitou até às meias-finais, enquanto na Guine Equatorial foi nomeada para o jogo da final.

Desde 2004 de atividade na primeira categoria nacional, Maximina Bernardo, nascida a 25 de janeiro de 1979, continua a ser a única mulher a apitar no escalão principal.

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