A equipa do 1º de Agosto encontra-se neste momento num processo de transformação. Após seis derrotas nas dez primeiras jornadas do Girabola, a entrada do treinador Dragan Jovic por Daúto Faquirá levou a uma série de cinco vitórias que faz o plantel transpirar confiança. Quem o atesta é Kali, central e um dos capitães do D’Agosto.

“Clássicos como o que vencemos ao Petro movem multidões. É algo que nos dá grande confiança”, admitiu a A BOLA o experiente central, de 35 anos.

No quarto lugar e com menos 14 pontos que o líder Recreativo do Libolo, o defesa luso-angolano ainda não arrisca em falar em título: “sabemos que são muitos pontos, mas temos uma grande vontade de correr atrás do Libolo. Ainda não ganhámos nada, há muito caminho a trilhar. Daqui a cinco ou seis jornadas então veremos onde estamos”, disse Kali.

A equipa orientada por Miller gomes foi a única a não perder na primeira volta. Entretanto, fazer semelhante figura na segunda parte do Girabola pode não bastar aos militares para reconquistarem o título que escapa desde 2006.

“As vezes não é possível vencer todos os jogos e não perder pode não valer de nada se o nosso adversário continuar como tem estado. Temos de entrar na segunda volta de rompante!”, salientou.

Apesar de ausente nos últimos jogos do 1º de Agosto, o central é, como capitão da equipa, essencial na coesão do balneário militar: “como capitão, tenho de continuar a cultivar o bom ambiente e dizer aos meus companheiros que devem acreditar até ao fim. Aqui todos corremos para o mesmo. Por o Dani ter regressado de lesão, também tenho jogado menos. É um excelente jogador”, elogia Kali.

“Não é só em campo que se pode ser importante mas todos os que jogam têm de mostrar que estão motivados e que estão bem para jogar. Ao longo da época, há lesões e castigos: estou sempre pronto para quando for chamado”, refere o internacional angolano, ausente da seleção desde o Campeonato Africano das Naçoes de 2012 mas sempre atento às seleções do seu continente presentes no Mundial do Brasil: Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Argélia e Camarões.

“Está complicado ver alguma equipa passar da fase de grupos mas a partir daí tudo é possível e desejo que África chegue mais longe”, concluiu o defesa-central desde 2010 no D’Agosto.

Kali,defesa-central de 35 anos, é capitão do 1º de Agosto e está no clube desde 2010