O Progresso Associação Sambizanga (PAS), um dos clubes mais populares de Angola, assinala esta segunda-feira, o 39.º aniversário da sua criação, numa altura em que viu fracassado o objetivo estabelecido para a época futebolística finda, de se classificar entre os primeiros cinco lugares do Girabola2014.

Presidido por Paixão Júnior, embora tenha feito importantes investimentos, principalmente nos aspetos organizativos (sede social, centro de estágios e campo de treinos), o conjunto ocupou a décima posição, com 37 pontos, longe da meta inicialmente traçada.

Apesar disso, o andebol feminino surpreendeu tudo e todos, ao conquistar a medalha de bronze na 36.ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos, disputado na Tunísia, que consagrou mais duas formações angolanas, no caso o 1.º de Agosto e o Petro de Luanda (ouro e prata).

Fundado em Luanda, a 17 de novembro de 1975, o clube é resultado da fusão do Juventude Unida do Bairro Alfredo (JUBA), Juventista e o Vaza e tinha como propósito unir a massa juvenil do bairro Sambizanga (antigo musseque Mota) para o desenvolvimento do desporto e do futebol em particular.

Na década de 1970, participou no Torneio da Agricultura, que viria a ser o "embrião" do atual Girabola. Na altura despontaram talentos como Ginguma, Kiferro, Praia, Santinho, Manuel, Bonito, Lelé, Salviano, Chiminha, Luís "Cão", Augusto Pedro, Santo António e outros que catapultaram o nome do grémio para fora dos limites do bairro.

Guiado por filosofia própria e sob influência de antigas formações da área como a Académica do Ambrizete, Sporting do Musserra e Benfica do Kinzau, entrou no convívio dos clubes mais fortes de Angola, como o 1.º de Agosto, TAAG (hoje ASA), Mambroa, Nacional de Benguela, Construtores do Uíge, Desportivo da Chela, Ara da Gabela, Ferroviário da Huíla e 1º de Maio, numa competição que atraiu muitos simpatizantes.

Apesar de nunca ter ganho o campeonato nacional de futebol da I divisão, em 1996 o Progresso conquistou a Taça de Angola, numa final contra o 1º de Maio de Benguela (1-0).

Nos seus 39 anos teve também como presidentes Rui de Jesus, Alves Baptista, Brito, Lopo do Nascimento, Eduardo Veloso, António Fiel "Didi", Simão Paulo, Justino Fernandes, Nelo Victor, Daniel Simas e Galvão Branco, este último considerado o estabilizador financeiro, principalmente por ter vinculado o clube à empresa Cimangola, ação que permitiu acabar com as dificuldades na época.

Há mais de cinco anos, com a introdução de outras formas de gestão e administração na coletividade, aumentou as modalidades desportivas (atletismo, vela, voleibol, futebol feminino, xadrez, basquetebol e andebol), tornando-se num importante polo de desenvolvimento desportivo.

Tendo o futebol como disciplina tradicional, pelo Progresso ainda passaram jogadores de referência como Mirrage, Sorsié e Vata (este transferido depois para o futebol português), que antecederam a legião de Janguelito, Cacharamba, Zico e Pedro Manuel "Mantorras".

Destaque ainda para o contributo dos técnicos nacionais como Domingos Inguila, Arlindo Leitão, Laurindo, Joaquim Dinis, Ndunguidi Daniel, entre outros. Sem esquecer dos estrangeiros Jan Brouwer (holandês), que substituiu o sérvio Drasko.

A sua direção, com base no seu programa, começou por relançar o clube para voos mais altos. Além da criação das condições básicas gerais, a contratação do antigo selecionador cabo-verdiano, Lúcio Antunes, bem como outros jogadores, para catapultar a equipa no convívio dos grandes do futebol nacional, foi incapaz de cumprir o objetivo na presente temporada de 2014.

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