A criação de uma liga profissional, constante do projeto dos clubes da 1ª divisão em Angola, é o caminho certo para o futebol angolano mas ainda não estão criadas as condições para o efeito, disse esta quarta-feira, em Luanda, o Presidente do Petro do Huambo, João André.

Em declarações à Angop, em Luanda, após participar no encontro de auscultação, no âmbito da conferência nacional de futebol de junho próximo, o responsável sublinhou que é importante ter uma “base forte” e apontou alguns pressupostos.

“A apresentação (dos clubes do Girabola) é boa. A ideia é boa e acho muito bem que tenhamos de ser ambiciosos. Agora, como dizia na apresentação o presidente do Libolo, é necessário organizarmo-nos, para chegarmos até lá”, declarou João André referindo-se ao projeto conjunto dos clubes da 1ª divisão visualizado no encontro de auscultação com vista a conferência do futebol.

“É preciso começar a discutir, mas insisto no facto de que é necessário ter uma base forte. Uma liga só sobrevive se tiver os campeonatos cá abaixo bem organizados”, sublinhou o líder petrolífero.

O Petro do Huambo não tem ainda uma posição em relação a criação de uma liga. Mas o seu presidente é de opinião que “deve ser bem pensado”.

“É natural que os clubes da primeira divisão convivem com o sistema desportivo, em particular com o futebol, com as equipas da segunda divisão e no futuro se calhar estaremos a falar de uma terceira divisão. Por isso é necessário ser bem pensado”, declarou.

Acrescentou que tendo em conta a proposta visualizada, uma liga só pode ter sucesso se, do ponto de vista formativo, legislativo, competitivo, e acima de tudo, comercial, se estiver bem.

Pois, na sua opinião, “a liga só vai sobreviver se, do ponto de vista comercial conseguirmos levar gente para o campo fazendo dinheiro”.

No entanto, mostrou-se recetivo que se siga nesse sentido: “Com condições criadas sim, agora precisamos é criá-las”.

Disse que saiu com “muito boa impressão” da sessão de auscultação para a conferência nacional do futebol, porque se trata de mais um esforço no sentido de encontrar soluções, as mais realistas possível, para Angola.

“A perspetiva de que vamos falar de futebol de forma desapaixonada e tentarmos cocriar um programa que possa ser implementado, dá uma sensação boa”.