O jogo entre o Recreativo da Caála e o Benfica de Luanda, disputado na tarde de domingo no estádio do Caála, província do Huambo, para a 26ª jornada do Girabola, ficou marcado negativamente com a agressão física do treinador Zeca Amaral, do Benfica de Luanda, sobre Yamba Asha, jogador do Caála.

Os donos da casa venceram os forasteiros, por 1- 0, com golo marcado por Paizinho, dois minutos depois dos 90 regulamentares, na sequência de um canto marcado por Dudú.

A agressão ocorreu no final do desafio, quando o jogador do Caála se dirigia, em festejos, ao balneário, tendo sido parado pelo treinador da equipa derrotada.

Após ser esbofeteado no rosto, por Zeca Amaral, Yamba Asha foi violentamente empurrado, caindo ao chão, situação que gerou uma “enorme” revolta dos adeptos que invadiram o campo na tentativa de repostarem o acto protagonizado pelo treinador “encarnado”.

Valeu a pronta intervenção da polícia angolana, que soube controlar a fúria dos adeptos caalenses, evitando que algo de pior pudesse acontecer com Zeca Amaral e seus atletas, incluindo alguns integrantes da delegação do Benfica de Luanda.

A animosidade entre Zeca Amaral e Yamba Asha começou ainda com o jogo a decorrer (aos 62'), quando o treinador entrou no campo insurgindo-se com gestos violentos e gritos contra o jogador, que se encontrava caído depois de sofrer falta dura de um jogador do Benfica de Luanda.

Depois de assistido pela equipa médica, Yamba Asha dirigiu-se rapidamente à zona onde se encontrava Zeca Amaral, tendo ambos criado alvoroço, que por pouco terminaria em cenas de pancadaria, tal era o tom de voz e os gestos.

Devido a esta situação, o Benfica de Luanda ficou retido no balneário, sob fortes medidas de segurança da polícia, durante quase duas horas, depois do jogo terminar, já que os adeptos continuavam no portão de saída a aguardar pelo técnico.