Com “bis” de Ary Papel, o 1º de Agosto derrotou hoje, no estádio 11 de Novembro o Recreativo da Caála, por 2-1, mas insuficiente para os militares conquistarem o Campeonato Nacional de futebol da I divisão, Girabola2015, face ao empate nulo do Recreativo do Libolo diante da Académica do Lobito, em Benguela.

Com cerca de 20 mil pessoas instaladas no estádio 11 de Novembro, face à importância que se revestia o jogo, sobretudo ao 1º de Agosto que ainda lutava para a conquista do título, os dois conjuntos entraram para o rectângulo determinados a chegarem mais cedo ao golo.

Os militares criaram a primeira ocasião de golo aos três minutos, pelo trio de ataque constituído por Gelson, Mateus e Ari Papel, que atrapalhou-se na condução do esférico.

Depois deste desembaraço, o 1º de Agosto, usando do seu estatuto de anfitrião, inaugurou o marcador, aos sete minutos, por intermédio de Ari Papel, num golo de belo efeito, ao rematar de primeira após cruzamento do lado direito do ataque da sua equipa.

Aos 16 minutos, uma distracção do sector defensivo do 1º de Agosto permitiu o golo de empate ao Recreativo da Caála, por Paizinho. Aos 21 minutos, Gelson isola Mateus e sozinho com o guarda-redes Carlos não conseguiu fazer o melhor para o 1º de Agosto.

Depois do golo do empate, a equipa que viajou do planalto central equilibrou o desafio e criou alguma instabilidade à equipa anfitriã. Já no período de compensação, um remate forte de Ary Papel quando tomava o rumo para o golo foi de imediato desviado para canto por um defesa da Caála, quando o guarda-redes Carlos já não tinha solução para defesa.

O empate prosseguiu até ao intervalo, mas desfavorável para os militares, já que, no estádio do Buraco, o Libolo até a esta última ronda era dos pretendentes ao ceptro.

Após o reatamento, aos 48 minutos, num ataque perigoso do 1º de Agosto, Ekundi não teve calma suficiente para concluir da melhor forma. O Recreativo da Caála, aos 50 minutos, também criou algum desalento na defesa militar, mas sem êxito.

Aos 56 minutos, o 1º de Agosto desfez o empate (2-1) de penalte, novamente por Ary Papel. Gelson foi nitidamente travado em falta e o juiz que viajou da província da Huila não teve dúvidas desta vez para assinalar o castigo máximo, depois de ter perdoado em duas situações semelhantes a Caála.

Nesta etapa, os militares continuaram a fustigar o último reduto do Recreativo, mas a sua linha de avanço estava bastante perdulária.

Até o apito final do juiz José Álvaro o resultado não mais se alterou, com o público a conformar-se com desfecho final, aplaudindo o comportamento da sua equipa (1º de Agosto) que teve uma recuperação surpreendente nesta segunda volta do campeonato que confirma o Libolo vencedor.