O Comité da Superliga Africana de Futebol condicionou hoje a participação do Petro de Luanda, na primeira edição da competição, devido à penalização de todas atividades desportivas, por dois anos, de que os bicampeões angolanos foram alvos.

No seu sítio, a organização da Liga referiu que a medida perdura até que terminem as investigações disciplinares impostas pelo Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol (FAF).

Na competição africana, os angolanos do Petro de Luanda, orientados pelo treinador português Alexandre Santos, defrontam nos quartos-de-final os sul-africanos do Mamelodi Sundows.

Em causa, está o áudio que foi difundido nas redes sociais em junho, em que o treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, em conversa com o jornalista da Rádio Nacional de Angola Adolfo Manuel, confessou ter recebido do Petro de Luanda três milhões de kwanzas, como incentivo para vencer o 1.º de Agosto na Taça de Angola, na época passada, além de celebrar compromissos com Bento Kangamba, para permitir que o Kabuscorp do Palanca vencesse partidas, em troca de avultadas somas em dinheiro.

O clube angolano foi suspenso por alegado “não cumprimento do dever de colaboração a que está adstrito com a FAF, no âmbito do processo disciplinar instaurado”, como se lê no comunicado do organismo, facto negado pela direção do clube ,que garantiu ter-se mostrado disponível para colaborar e prometeu recorrer da decisão, no prazo de oito dias.