Fábio Carvalho parece estar a recuperar a melhor forma, que motivou o Liverpool a contratá-lo ao Fulham, em 2022/23. O médio português começou a temporada emprestado ao Leipzig, mas as coisas não lhe correram de feição e decidiu mudar de ares. Na segunda metade desta temporada acabou emprestado ao Hull City, do Championship e considera que foi uma decisão feliz.

"Foi uma escolha fácil. Quando falei com o treinador, o Liam [Rosenior], tivemos um clique imediato. Também falei com outros clubes do Championship e da Premier League, mas queria ir para um clube que me desse garantias de que podia jogar, aprender e encontrar a felicidade. Não quero saber do que as pessoas dizem: eu estou bem, estou feliz e a jogar", explicou o médio-ofensivo, em entrevista ao jornal a BOLA.

Na primeira metade de 2023/24 esteve no Leipzig, onde acredita não ter tido as oportunidades merecidas, o que se percebe se considerarmos que litava pelo lugar com jogadores como Dani Olmo ou Xavi Simons. "Acho que foi por falta de oportunidades. Nós tínhamos muitos médios, com muita qualidade, e vários da minha posição. Eu gosto de desafios e de ter concorrência, porque é a melhor forma de evoluir, mas não sei se me deram as oportunidades que eu merecia e que queria. O meu rendimento nos treinos estava a ser alto, mas são coisas do futebol", explicou.

Desde que voltou a Inglaterra já realizou 11 jogos e marcou quatro golos, assumindo-se como um dos líderes da equipa. "Um líder não é só aquele que tem a braçadeira de capitão. Eu sinto-me um líder dentro e fora do campo. Nós temos aqui jogadores mais novos, e mesmo da minha idade, que têm muita qualidade, e que podem aprender algumas coisas comigo. Da mesma forma que eu posso e aprendo com os meus colegas. Essa é a única forma de evoluir".

Fábio Carvalho admitiu ainda que cometeu um erro quando recusou jogar pela seleção portuguesa de sub-21, mas explica que foi mal interpretado por Rui Jorge. "Eu tentei telefonar ao mister e ele não atendeu. E depois sei que foi um erro: enviei-lhe uma mensagem e se calhar não ficou claro o que eu estava a tentar dizer. Eu estava com um problema pessoal, e não quis esclarecer qual era esse problema, precisamente porque era algo muito pessoal. Mas pela forma como escrevi a mensagem, talvez o mister tenha interpretado mal e disse que eu tinha dito que não queria jogar mais pela Seleção", revelou.

Entretanto, já conversou com o selecionador de sub-21 e com Roberto Martínez e a situação ficou esclarecida. "Se me chamarem estou disponível para representar o meu país. Ele disse-me que ia sempre dizer a mesma coisa: este tipo de conversa tem de acontecer por chamada, caso não seja possível ser pessoalmente. Eu entendi e pedi desculpa. Mas ele disse: «Fábio, tu cometeste um erro». Eu sei que cometi esse erro. Também me disse que iria falar com as pessoas que estão acima dele para tomar uma decisão. E ficou por aí", concluiu.