O Clássico entre Real Madrid e Barcelona (3-2) foi ontem, mas parece que ainda não está dado por encerrado. Lamine Yamal fez o que seria o 2-0, aos 29 minutos, mas após uma longa análise do VAR o golo foi revertido por alegadamente não ter ultrapassado completamente a linha de golo. Na ótica dos catalães a decisão final não corresponde à verdade e, através do presidente Joan Laporta, lançaram um comunicado onde ameaçam pedir a repetição do jogo.

"Como presidente do FC Barcelona, gostaria de manifestar o meu descontentamento no dia seguinte à utilização indevida de uma ferramenta como o VAR num dos jogos mais importantes do calendário mundial. Nunca fui um grande defensor do VAR porque considero que, tal como é aplicado, retira espontaneidade ao futebol. Mas sou a favor de que, agora que o temos, o utilizemos sempre para evitar erros que podem levar a decisões injustas. Nesta minha intervenção, não estou apenas a reunir o descontentamento dos adeptos do Barça com a gestão do VAR ontem, mas também a realçar o facto de que, apesar de ser uma ferramenta utilizada há algum tempo, continua a criar confusões com critérios contraditórios consoante os jogos e as equipas", lê-se no comunicado.

Além de outros lances com os quais Laporta não concorda, o lance de Yamal foi especialmente visado e o dirigente promete reagir. "Houve vários incidentes discutíveis, mas entre todos eles há um que é crucial e pode mudar o resultado do jogo. Refiro-me ao "golo fantasma" de Lamine. Como clube, queremos ter a certeza do que se passou e é por essa razão que o FC Barcelona vai solicitar de imediato à Comissão Técnica de Arbitragem da Federação Espanhola de Futebol uma recolha exaustiva das imagens e do áudio do incidente. Se, uma vez analisada esta documentação, o clube entender que foi cometido um erro na revisão do incidente, tomaremos todas as medidas disponíveis para reverter a situação, sem descartar, obviamente, qualquer ação legal necessária. Se se confirmar que foi um golo legal, avançaremos e não descartamos pedir a repetição do jogo, tal como já aconteceu noutro jogo na Europa devido a um erro do VAR", concluiu.