Esta quarta-feira, o FC Porto visita o Lokomotiv Moscovo, onde joga Manuel Fernandes. Aos 32 anos, o internacional português já passou por clubes como Everton, Valencia e Besiktas, sem esquecer o clube que o formou: o Benfica. Há quatro anos e meio na Rússia, Manuel Fernandes admite que a língua foi um problema, mas que vai sentir saudades no dia em que deixar o país, que parece estar para breve.

"Da renovação o melhor que posso dizer é que esse processo se encontra parado. Não houve evolução alguma nos últimos tempos e desconfio que não haverá no futuro próximo", confessa em entrevista ao jornal 'A Bola', acrescentando que "não é culpa minha. O meu contrato termina em junho de 2019 e até lá irei cumpri-lo com o máximo de profissionalismo, como tenho feito em todos os clubes pelos quais já tive o privilégio de passar."

"Tudo é muito simples: quando há respeito e honestidade de todas as partes, todas as soluções são possíveis. A partir do momento em que não há respeito e, especialmente, em que há desonestidade, o melhor é cada um seguir a sua vida. Houve quem não tivesse sido honesto comigo e, por muito que goste de cá estar e que goste do clube, há situações que não tolero", admitiu, deixando no ar a possibilidade de um mau estar com o Lokomotiv.

Depois de admitir "orgulho por ter sido campeão pelo Benfica", Manuel Fernandes falou do eterno rival dos 'encarnados'. "Para nós, o jogo com o FC Porto é uma final. Se para passar o grupo e chegar aos oitavos-de-final já vai ser difícil, há que pelo menos tentar vencer para não ficarmos em dezembro de fora das provas europeias", afirmou sobre a visita aos 'dragões', ao jornal 'A Bola'.

"Trata-se seguramente de um adversário fortíssimo. Só pode, porque foi campeão nacional. Além disso, tem muita experiência em jogos da Champions - até já ganhou duas. O FC Porto é claramente o favorito de um grupo que me parece dos mais equilibrados desta edição da prova, pois o Galatasaray e o Schalke 04 também podem passar", analisa.

No entanto, Manuel Fernandes admite que não acompanha a Liga Portuguesa... nem as outras. "Prefiro fazer coisas que me são mais úteis" explica, acrescentando que quando não está a treinar, faz "pilates, luto boxe e também prefiro preencher os meus tempos livres, esteja em casa ou nos estágios, com a leitura".