O FC Porto nunca venceu a Juventus, que só empatou uma vez, em cinco encontros, e face à qual perdeu uma final da Taça das Taças e já caiu nos oitavos da Liga dos Campeões em futebol.

Há quatro anos, ainda com Cristiano Ronaldo no Real Madrid, os dragões não conseguiram chegar aos quartos de final ao perderem os dois jogos de uma eliminatória marcada por duas expulsões prematuras, uma em cada encontro.

Em 22 de fevereiro de 2017, no Estádio do Dragão, o FC Porto começou a comprometer quaisquer hipóteses de se qualificar muito cedo, com a expulsão do lateral esquerdo brasileiro Alex Teles, por acumulação de amarelos, que viu aos 25 e 27 minutos.

Com 10 unidades, os dragões ainda resistiram até à entrada dos 20 minutos finais, mas, então, os suplentes Pjaca e Dani Alves deram o triunfo à Juve, por 2-0. O croata entrou aos 67 e marcou aos 72 e o brasileiro foi lançado aos 73 e faturou aos 74.

A eliminatória ficou quase sentenciada e, se duvidas houvesse, elas ficaram dissipadas aos 42 minutos do jogo de Turim, em 14 de março, quando o lateral direito portista Maxi Pereira foi expulso, com vermelho direto.

O Uruguaio impediu com a mão um golo do argentino Gonzalo Higuaín e ofereceu aos italianos uma grande penalidade, que o também albi celeste Paulo Dybala não desperdiçou, batendo o espanhol Iker Casillas.

Com 10 elementos os restantes 48 minutos, para um total de 100 na eliminatória, o FC Porto não pôde sequer tentar discutir o acesso aos quartos de final. Os italianos só tombaram na final, perante o Real Madrid (4-1) e dois golos de Cristiano Ronaldo.

Foi o terceiro duelo entre os dois conjuntos, que se encontraram pela primeira vez há quase quatro décadas, mais precisamente em 1983/84, no jogo decisivo da Taça das Taças, no que foi a primeira grande final da história do FC Porto.

Em Basileia, na Suíça, em 16 de maio de 1984, os dragões deram grande luta, mas acabaram derrotados por 2-1 pela vecchia signora, que tinha uma equipa de grande categoria, liderada por Giovanni Trapattoni - viria a fazer do Benfica campeão português em 2004/05, para acabar com uma seca que durava desde 1993/94.

Os italianos marcaram primeiro, aos 12 minutos, por Vignola, os portistas empataram aos 29, por António Sousa, mas, ainda antes do intervalo, aos 41, o polaco Zbigniew Boniek fez o 2-1, que já não se alteraria até ao final do jogo.

Pela formação comandada por José Morais, no banco devido a doença de José Maria Pedroto, foram titulares Zé Beto, João Pinto, Lima Pereira, Eurico, Eduardo Luís, Jaime Pacheco, Sousa, Frasco, Jaime Magalhães, Vermelhinho e Fernando Gomes.

Na Juventus, e além de Boniek, pontificavam o francês Michel Platini e Paolo Rossi, Marco Tardelli, Gaetano Scirea, Antonio Cabrini e Cláudio Gentile, todos titulares da seleção italiana na final do Mundial de 1982, no 3-1 à RFA, no Bernabéu.

Depois desse desaire, o FC Porto só voltou a reencontrar a Juventus quase duas décadas depois, na primeira fase de grupos da edição 2001/2002 da Liga dos Campeões.

Em 10 de outubro de 2001, os comandados de Octávio Machado foram perdulários e não conseguiram mais do que um nulo caseiro, para, em Turim, 13 dias depois, perderem por 3-1, num jogo em que até marcaram primeiro, aos 13 minutos, pelo brasileiro Clayton.

Os italianos não se assustaram, porém, com a desvantagem e deram a volta ao encontro com tentos de Alessandro Del Piero, aos 31 minutos, do central uruguaio Paolo Montero, aos 47, e do avançado francês David Trezeguet, aos 73.

Apesar de só ter somado um ponto face à Juve, o FC Porto seguiria para a segunda fase de grupos - instituída em 1999/2000 e que só durou até 2002/2003.

Os dragões têm um balanço negativo com a Juventus, que não é tão vincado com o total dos conjuntos italianos, se bem que inclua mais um troféu perdido, a Supertaça Europeia, em 2003, face ao Milan (0-1, no Mónaco, onde decidiu Shevchenko).

Em termos de eliminatórias, o FC Porto até prevalece, com seis apuramentos e quatro eliminações, mas, no total dos 32 jogos, soma mais derrotas (14) do que vitórias (nove) e também mais golos sofridos (33) do que marcados (30).

Por seu lado, a Juventus prevalece face ao conjunto das equipas lusas, com duas espinhas, os desaires face ao Benfica em duas meias-finais, da edição 1967/68 da Taça dos Campeões Europeus e da Liga Europa 2013/14.

Em 1967/68, os encarnados venceram na Luz por 2-0, com tentos de José Torres e Eusébio, e em Turim por 1-0, com novo tento do rei e, em 2013/14, ganharam em casa por 2-1, com tentos de Garay e Lima, para, depois, segurarem, com nove, o nulo em Itália.