O presidente do Bayern Munique, Uli Hoeness, admitiu hoje, perante um tribunal regional de Munique, ter fugido aos impostos e que a circunstância de ter confessado não altera os factos.
“Fugi aos impostos. Tenho consciência de que esse ato não muda com a confissão. Pretendia com ela poder evitar o processo penal”, disse Hoeness.
Na Alemanha, é possível, através de confissão, evitar os processos penais em crimes fiscais, desde que esta seja completa e seja apresentada antes do início da investigação.
No caso do presidente dos bávaros, o ministério público considerou que a confissão não foi completa, pelo que avançou com a acusação.
Hoeness explicou hoje que durante algum tempo especulou com avultadas somas e que acabou por perder o controlo entre as perdas e os ganhos.
O dirigente referiu que, entre 2003 e 2009, teve perdas milionárias, mas acrescentou que deveria ter declarado também os ganhos que teve nesse período.
“Alegro-me que agora tudo se esclareça. Lamento profundamente o meu erro. Vou fazer de tudo para virar esta página negra da minha vida”, frisou Hoeness, que quer pagar a totalidade da sua dívida fiscal.
O ministério público acusa Hoeness de não ter pagado 3,5 milhões de euros e de ter escondido 33 milhões do Fisco.