Os tetracampões nacionais saem da Liga dos Campeões goleados pelo Arsenal. Bendtner bisou na primeira parte, Nasri e Eboue sentenciaram a partida no segundo tempo e ainda houve tempo para Bendtner marcar o seu terceiro e quinto golo do encontro, através da marca de grande penalidade já em tempos de desconto. Este jogo fica marcado pela péssima exibição da equipa portista na primeira parte.

Aos 9 minutos, Nasri lançou Arshavin no corredor central, Fucile e Helton chocaram e não conseguiram o corte. A bola sobrou para Bendtner que rematou para dentro da baliza enquanto o guardião azul e branco estava estendido no relvado.

Quando se esperava uma reacção do FC Porto, ela não apareceu. Os tetracampeões nacionais tiveram muitas dificuldades em fazer a ligação do meio-campo para o ataque. A isto aliou-se uma defesa frágil e desequilibrada.

Quem apareceu para complicar as contas dos Dragões foi Fucile. O uruguaio cometeu um erro tremendo ao não deixar sair a bola e passar gentilmente a bola para Arshavin, que depois de um grande trabalho individual ao desfazer-se da defesa portista, passou a bola para o mesmo Bendtner e o dinamarquês limitou-se a encostar.

O Arsenal esteve sempre mais perto de dilatar a vantagem no marcador. Os ingleses poderiam ter feito pelo menos mais três golos, valeram as intervenções de Helton. Pode-se dizer que o guardião brasileiro manteve, até ao final da primeira parte, o FC Porto em posição de disputar o encontro.

Na segunda parte, Jesualdo, decidido, tirou o defesa Nuno André Coelho e colocou Rodríguez em campo. O FC Porto passou a jogar com quatro avançados. E deu os seus resultados, ficando mais perto de empatar a eliminatória nos minutos iniciais do segundo tempo: Primeiro aos 53 minutos por intermédio de Falcao, depois de um belo passe de Rodríguez pela esquerda. Mas o lance de maior perigo deu-se 7 minutos depois, com Rodríguez a cabecear, depois de um pontapé de canto, e Nasri a salvar em cima da linha de golo.

Enquanto o FC Porto mostrava a sua “nova atitude” o Arsenal fez mais dois golos de rajada. O terceiro golo dos arsenalistas nasceu de uma bela jogada individual de Nasri que dançou com a defesa portista e rematou forte para fundo das redes. Dois minutos depois, ainda no meio da tentativa do Porto dar a volta ao resultado, o russo Arshvin, num contra-ataque rápido, lançou Eboué que ultrapassou Helton e rematou para uma baliza deserta. Fucile, sem querer, voltou a ter culpa neste lance.

Até ao final do jogo, o FC Porto preocupou-se em não sofrer mais golos dos londrinos. Mas o quinto apareceu já em tempo de compensação, através da marca de grande penalidade. Bendtner apontou e fez o hat-trick.

Agora o FC Porto foca-se na Taça da Liga, Taça de Portugal e Campeonato, se bem que neste último as probabilidades de o conquistar são mais difíceis.