"Não escondo que o Chelsea é uma parte muito importante da minha vida. A boa coisa é que não tenho de andar muito. Do balneário ao banco de suplentes são cinco metros. Não tenho de atravessar o estádio, não tenho de sentir as emoções e reacções do público. Vou apenas sentar-me e disputar o meu jogo", disse, ao site www.uefa.com.

José Mourinho, que compete com a vantagem 2-1 conquistada em Milão, sabe da importância do seu trabalho, mas entende que a capacidade de decidir está nos seus “pupilos”, os que mais podem contribuir para que o Inter chegue aos quartos de final pela primeira vez em quatro anos.

"Os atletas jogam no relvado e eu por fora. São muito mais importantes do que eu, porque é no relvado que se ganham desafios, não no banco. Mas vou estar lá com o meu coração cheio, é o que um profissional faz", disse o campeão europeu em 2004, pelo FC Porto.

Depois de um percurso no Chelsea invicto em casa e marcado pela conquista de vários títulos nacionais, segue-se a aventura no Inter, equipa pela qual se sagrou campeão transalpino na época passada, na estreia em Itália, num desafio em que "a tendência é melhorar ano após ano".

"Se um treinador fizer um bom trabalho e o clube o apoiar - e é esse o caso - mudamos sempre algo para melhorar. Comprámos alguns jogadores, do tipo que não tínhamos a época passada", explicou o técnico, de 47 anos.

Mourinho lamenta a perda do sueco Ibrahimovic (Barcelona), mas lembra que agora tem "mais soluções de ataque" com Milito, Eto'ó e Pandev.

O treinador luso, que referiu ainda o reforço do "onze" com o médio criativo Snijder e o central Lucio, considera que o Inter agora está "mais adaptado às necessidades do futebol moderno".

O setubalense entende que a sua equipa está mais competitiva e com mentalidade mais forte, sobejando exemplos dessa atitude, com destaque para o triunfo, 4-3, frente ao Siena, conseguido já nos descontos.

"É um bom exemplo do que somos. Estávamos a perder e empatámos aos 91 minutos. Uma equipa normal, os jogadores e treinadores diriam ok, conseguimos um ponto, não perdemos, está feito, mas eu gritei para os jogadores que havia ainda mais três minutos para jogar. Podíamos ter ganho ou perdido. Ganhámos", exemplificou.

Apesar de tudo, Mourinho admite que ter mais soluções e mentalidade vencedora não são garantias de triunfo na Liga dos Campeões: "Claro que só uma equipa muito boa pode vencer a competição, mas posso encontrar sete, oito ou nove que a podem ganhar. É tão difícil de prever".

"Depende muito de detalhes. Sorte ou azar no sorteio, se a bola ao poste entra ou sai, se um jogador suspenso não pode disputar um desafio decisivo, as lesões que podem manietar uma equipa de dois ou três atletas influentes, uma decisão de arbitragem que pode ir a favor ou contra...", concluiu.

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