Mourinho e Guardiola esgrimiram argumentos na antevisão do encontro em torno do tema arbitragem e o homem do apito acabou mesmo por ser decisivo no duelo em que o Barcelona acabou por ganhar vantagem graças a dois golos de Lionel Messi.

As duas equipas entraram em campo receosas de ceder um palmo que fosse ao adversário e cedo se percebeu que ambas tinham planos perfeitamente definidos: não abrir espaços no reduto defensivo e apenas atacar pela certa. E nesta segunda premissa foi o Barcelona quem esteve melhor nos primeiros minutos, com Villa e Xavi a disporem de espaço para visar a baliza de Casillas.

Di Maria foi o primeiro blanco a responder e durante a primeira parte “torceu” por várias vezes Dani Alves, que acabou mesmo amarelado nos duelos com o argentino. Cristiano Ronaldo, que durante o primeiro tempo esteve sempre muito isolado, fechou então a primeira parte com um remate forte de fora de área e que Valdés defendeu com dificuldade.

Se no primeiro tempo o ambiente foi morno, as duas equipas reentraram no relvado visivelmente dispostas a fazer mais, com Mourinho a arriscar e a colocar no “tabuleiro” Adebayor.

Tudo a postos para se começar a ver mais e melhor futebol, senão quando o árbitro alemão Wolfgang Stark entrou em cena e decidiu “azedar” o ambiente em Madrid. Estavam decorridos 61 minutos e Pepe disputou uma bola com Dani Alves fazendo falta sobre o brasileiro. Stark foi enganado pelo aparato do lateral do Barcelona e mostrou vermelho ao luso-brasileiro.

Como se não bastasse, Mourinho perdeu também o lugar no banco e viu o resto do jogo na bancada. Ele que na véspera deste encontro tinha ironizado sobre a arbitragem e desejado boa sorte ao árbitro, num jogo «sem erros».

O jogo começou então a inclinar-se para o lado da baliza de Valdés e entrou então em cena a verdadeira estrela: Lionel Messi, que decidiu o encontro com dois golos aos 76 e aos 88 minutos.

No primeiro, finalizou na área um trabalho irrepreensível de Afellay pelo lado direito, e no segundo não precisou de ajuda e despedaçou a defesa do Real Madrid.

Com este resultado, advinha-se vida difícil para o Real Madrid na segunda mão em Camp Nou: desvantagem de dois golos, sem Pepe e Sérgio Ramos e privado da presença de José Mourinho no banco.