A Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA indeferiu, ainda antes da segunda mão da eliminatória, queixas diversas de ambos os clubes espanhóis por já estarem em curso inquéritos disciplinares contra ambos.

As declarações de Mourinho, após a partida em que perdeu por 2-0 em casa, o lançamento de objectos para o relvado do Estádio Santiago Bernabéu, uma alegada invasão de campo e as expulsões do internacional luso Pepe e do próprio “El Especial” vão ser alvo de análise, bem como a expulsão do guarda-redes do FC Barcelona Pinto.

Entretanto, o Real Madrid recorreu quinta-feira do indeferimento da sua denúncia, estando nova decisão sobre o assunto agendada para 16 de Maio. As queixas dos madrilenos evocavam, sobretudo, a injustiça da expulsão de Pepe e o alegado “teatro” protagonizado por vários jogadores da equipa catalã.

«Porque acontece sempre a mesma coisa em cada meia-final? Não sei se é por causa da UNICEF (entidade estampada nas camisolas do FC Barcelona), não sei se é pelo poder de José Maria Villar (presidente da Real Federação Espanhola de Futebol e da Comissão de Arbitragem da UEFA). Não compreendo. Se disser o que penso, a minha carreira acaba aqui», disse Mourinho na ocasião, tendo a UEFA considerado tratar-se de «declarações inapropriadas».

Já após a segunda mão (1-1), no catalão Camp Nou, o treinador adjunto de Mourinho, Karanka, reiterou as críticas à arbitragem, acusando os “juízes” de favorecerem o “Barça”, assim como o internacional português Cristiano Ronaldo, o qual foi também filmado, juntamente com Mourinho, a fazer um sinal gestual de “roubo” no regresso a Madrid.