Pepe, defesa central do Real Madrid, defendeu esta terça-feira que a UEFA poderia ter valorizado o “fair-play” caso tivesse sancionado todos os acontecimentos da meia-final da Liga dos Campeões com o FC Barcelona.

«Todo o mundo viu o que se passou. Na minha jogada [foi expulso], não toquei o [Dani] Alves. Messi também não tinha feito nada em dois jogos. [Na Liga espanhola] marcou um golo de penalti e na final da Taça do Rei não pôde fazer nada para ajudar a sua equipa. Então, [na Liga dos Campeões] encontraram uma forma de me expulsar», disse.

O central luso jogou a trinco os dois desafios anteriores à meia-final (1-1 na Liga em Madrid e 1-0 para os “merengues” na final da Taça do Rei) entre Real Madrid e FC Barcelona, marcando directamente Messi, a quem limitou claramente a influência nesses desafios.

Pepe voltou a falar das incidências da meia-final após a UEFA ter decidido não punir Sérgio Busquets, que em comentário racista chamou «macaco» ao brasileiro Marcelo durante o desafio da primeira “mão”.

«Ficámos com a sensação de que podíamos ter passado. Mas não dependeu de nós. Acho que a UEFA e a imprensa, alguma da Catalunha, compensaram de outra forma. Mourinho foi punido por dizer bem as coisas. Viu-se bem o que Busquets disse a Marcelo. E a jogada de Pedro com Arbeloa, um choque normal em que a mão vai à cara. Acho que se a UEFA quiser ‘fair-play’, tem de valorizar essas coisas», vincou.

O internacional luso disse ainda nada saber quanto à renovação com o Real Madrid, admitindo estar feliz «na melhor equipa do mundo, que trabalha com os melhores».

«Espero continuar aqui muito tempo. Quero continuar a fazer boas coisas. Mas já falo com o Real Madrid há dois anos. Por isso, está a acabar o prazo. Tenho mais um ano de contrato e é um pouco mais sério, porque estou na última época», concluiu.