Análise à equipa do Benfica: 

Artur – Ao contrário do jogo na Holanda, esta noite não teve tanto trabalho. No entanto, assinou duas grandes defesas, aos 63’ e 70’, a evitar os golos do Twente. No golo de Bryan Ruiz nada podia fazer.

Maxi Pereira – Mais ofensivo do que Emerson, o uruguaio tentou diversas vezes surpreender a defesa do Twente com as suas arrancadas, mas foi maior o empenho do que o sucesso. O golo holandês surgiria pelo seu flanco, num momento em que foi apanhado fora de posição.

Luisão – Autoritário, o capitão encarnado – que foi homenageado por Luís Filipe Vieira pelos seus 300 jogos – mostrou ainda todo o seu poder no ataque, ao assistir para o primeiro golo de Witsel e ao cabecear para o segundo tento do Benfica. Fez as pazes com os adeptos.

Garay – O argentino não foi tão exuberante como Luisão, mas deixou uma imagem de serenidade e concentração. A única falha defensiva resultou no golo do Twente, mas aí já era tarde para comprometer a vitória.

Emerson – Seguro a defender, o lateral brasileiro praticamente não subiu no campo até ao intervalo. No segundo tempo transfigurou-se e fez o corredor todo, arrancando a sua melhor exibição desde que chegou à Luz.

Javi García – O médio espanhol contou com a companhia de Witsel e isso deu uma renovada energia a Javi García. Recuperou inúmeras bolas e foi fundamental na pressão contínua imposta pelo Benfica ao Twente. 

Witsel – Foi a estrela da noite. É já um dos jogadores mais aplaudidos pelos adeptos, que se rendem à sua inteligência, determinação e simplicidade de processos. Inexcedível a apoiar Javi García no trabalho defensivo, brilhou no ataque com dois golos que desequilibraram a eliminatória. Tem claramente lugar no ‘onze’ encarnado.

Gaitán – O criativo argentino não teve grande participação no jogo, até fugir para o meio aos 35’, onde atirou a rasar o poste. Raramente conseguiu romper a partir do flanco direito, onde mostra estar ainda em adaptação.

Aimar – A ele pertenceu-lhe o primeiro remate do Benfica, logo no primeiro minuto. Seria o primeiro sinal de uma exibição magistral do número 10, a marcar o ritmo e a ofensiva sobre o Twente. Durou o jogo todo, mostrando estar já na sua melhor forma.

Nolito – E ao sexto jogo oficial o espanhol não marcou. Apesar de não ter chegado ao golo, Nolito foi dos mais irreverentes no ataque, mas não foi a sua melhor noite.

Cardozo – De mal-amado a ovacionado. A relação de Cardozo com os adeptos do Benfica é feita de altos e baixos e ontem o paraguaio nem marcou. Porém, a atitude lutadora, a assistência para o último golo de Witsel e os vários remates valeram-lhe os aplausos da Luz ao ser substituído por Saviola.

Suplentes utilizados: 

Bruno César – Ensaiou algumas ‘fugas’ pelo flanco esquerdo, mas já não teve oportunidade de aplicar o seu forte remate, como o fez contra o Feirense.

Matic – O sérvio veio dar mais músculo ao meio-campo na fase em que o Twente esforçava-se por pressionar o Benfica. Cumpriu bem no pouco tempo em campo.

Saviola – Sacrificado no onze para a ascensão de Witsel, o argentino entrou para Cardozo receber os aplausos e não conseguiu deixar a sua marca no jogo.