O futebolista internacional português Danny considerou, em entrevista à Agência Lusa, que o Benfica é «vulnerável» na retaguarda, situação que o Zenit «pode aproveitar» na eliminatória da Liga dos Campeões, e que o FC Porto é «taticamente mais forte».

«O Benfica ataca com muita gente e abre espaços atrás que nos podem favorecer porque o Zenit tem saídas muito rápidas para o contra-ataque. Creio que o FC Porto é taticamente mais forte», disse Danny, numa primeira avaliação do próximo adversário da sua atual equipa, o campeão russo Zenit de São Petersburgo.

O avançado elege como ponto menos forte no Benfica, passível de ser explorado pelo Zenit na próxima eliminatória da Liga dos Campeões, «os espaços que a equipa abre nas saídas para o ataque».

De resto, o internacional português aludiu ao recente jogo do Benfica nos Estádio do Barreiros, com o Marítimo, para o campeonato, como exemplo de que é possível bater a equipa de Jorge Jesus, apesar do seu potencial atacante.

Danny assistiu a esse jogo no Funchal, onde se encontrava na altura, e sentiu que o Marítimo, apesar da derrota, «podia ter ganho o jogo no contra-ataque», através de «rápidas transições” » explorar a forma como o Benfica se posicionava no campo.

«Tendo eu visto esse jogo, e o anterior para a Taça em que o Marítimo eliminou o Benfica, e sabendo das qualidades do Zenit, penso que temos todas as possibilidades de passar a eliminatória», observou o número dez do atual campeão russo, para quem o Benfica é «um bocado vulnerável» na retaguarda.

Segundo ele, o ponto mais forte do Benfica é o ataque, a sua «principal arma», que é «difícil de parar», pela «intensidade do seu volume ofensivo e grande capacidade de fazer golos».

O poderio atacante do Benfica não invalida, na ótica de Danny, que tenha, também, «uma defesa e um meio campo fortes», discordando da ideia de que o lateral Emerson é o elo mais fraco da equipa, por entender que este «ataca bem e faz todo o corredor».

O que preocupa Danny é mesmo o ataque do Benfica, que «vai ser preciso parar», em particular o argentino Pablo Aimar, que é um jogador «que adora, um ídolo mesmo» e que «mexe todos os cordelinhos» e o Gaitán, que «desequilibra muito».

Para o travar contrapõe a «qualidade defensiva» do Zenit, que «também é forte na frente e nas alas», razão pela qual acredita que a sua equipa vai seguir em frente na Liga dos Campeões «se for eficaz no contra-ataque».

«Estamos confiantes, vamos fazer um trabalho bastante forte em janeiro e fevereiro para estarmos preparados para eliminar o Benfica», referiu Danny, sabendo que o adversário «está moralizado por liderar o campeonato» e que vai à Rússia para obter «um bom resultado que permita resolver a eliminatória na Luz».

Estabelecendo um paralelo entre Benfica e FC Porto, que o Zenit defrontou recentemente duas vezes no grupo G da Liga dos Campeões, Danny considerou que a equipa da Luz joga «um futebol mais bonito, com mais qualidade» do que o seu rival, mas este é «mais aguerrido e taticamente mais forte».