O Benfica está fora da Liga dos Campeões, com duas derrotas algo cruéis às mãos de um Chelsea cínico e muito pragmático. Com apenas 10 jogadores durante cerca de 50 minutos, os encarnados souberam ser dignos, silenciaram por minutos Stamford Bridge e chegaram a ameaçar o milagre que acabou por não chegar. O Chelsea terá agora pela frente o Barcelona nas meias-finais da Champions, numa reedição do polémico duelo de 2009.

Primeira parte:
Apesar das contrariedades na abordagem a esta partida, devido às lesões na zona central da defesa, o Benfica entrou com uma boa atitude em Stamford Bridge, apoiado por cerca de quatro mil ruidosos adeptos encarnados na bancada.

Os primeiros cinco minutos ficaram caracterizados pela pressão do Benfica sobre o Chelsea, que se apresentava com linhas mais baixas dando a iniciativa de jogo ao adversário, até porque estava em vantagem.

Os encarnados não dominavam o adversário, mas tinham mais posse de bola e procuravam chegar com perigo à baliza contrária. Bruno César e Aimar falharam o alvo por duas vezes. Cá atrás Emerson e Javi Garcia pareciam entender-se, apesar de formarem uma dupla nova no centro da defesa.

O minuto 19 veio dar um rumo completamente diferente e assinalou o primeiro revés do Benfica nesta partida. Javi Garcia disputou uma bola com Ashley Cole dentro da área e o árbitro entendeu que a carga do espanhol era motivo para grande penalidade.

Chamado à conversão, Frank Lampard não falhou e colocou o Chelsea em vantagem por 1-0. O Benfica não se deixou abater e foi à procura de dar a volta a uma eliminatória que estava mais inclinada para os ingleses.

Numa jogada ensaiada, após a cobrança de um livre, o Benfica dispôs da sua mais soberana oportunidade de golo. Cardozo (29’), enquadrado com a baliza, atirou decidido mas John Terry intercetou a bola no momento certo quando esta se encaminhava para a baliza.

Quando a formação lusa estava por cima do jogo, eis que sofreu um novo revés. Maxi Pereira (40’), que tinha visto um primeiro cartão amarelo por protestos na altura do penálti, teve uma entrada mais dura sobre Obi Mikel e o árbitro não teve dúvidas em lhe mostrar o segundo amarelo.

O intervalo chegou com o Benfica em desvantagem, reduzido a 10 elementos e com Witsel adaptado à lateral direita.

Segunda parte:

Com uma defesa mais do que remediada, aparecendo Witsel na direita, o Benfica abordou a segunda parte de forma corajosa, não se fazendo notar o facto de estar a jogar com menos um jogador.

Cardozo abriu as hostilidades na segunda parte com um belo remate à entrada da área ao qual correspondeu Petr Cech com uma excelente defesa. No mesmo minuto Aimar atirou à malha lateral. O Benfica parecia querer entrar na disputa da eliminatória.

O Chelsea não se intimidava e procurava a rapidez dos seus executantes e um possível buraco na defesa contrária para aumentar a contagem. Kalou, Torres e Mata estiveram perto de marcar, mas Artur surgiu em bom plano e negou os intentos contrários.

O jogo estava rápido, as oportunidades repartiam-se, mas o resultado não se alterava. Perto dos 60 minutos, Jorge Jesus decidiu iniciar uma onda de substituições.

Primeiro entrou Nélson Oliveira, depois Djaló e mais tarde Rodrigo. O treinador do Benfica sabia que só arriscando podia conseguir algo.

Aos poucos a pressão do Benfica acentuou-se e só o guarda-redes, Petr Cech, com defesas incríveis, ia adiando o golo dos encarnados. Os adeptos do Chelsea estavam silenciosos e mais ficaram quando Javi Garcia finalmente conseguiu colocar a bola na baliza do Chelsea.

Aos 85 minutos, o espanhol cabeceou para o fundo das redes e agarrou na bola de seguida acreditando que havia tempo suficiente para dar a volta a esta eliminatória.

O treinador Jorge Jesus incentivava os seus jogadores com gritos para dentro do relvado, os adeptos do Benfica faziam-se ouvir. Nélson Oliveira teve nos pés a passagem do Benfica, mas atirou ao lado.

O Chelsea defendia como podia, contra um adversário que jogava com dez unidades desde os 40 minutos. A esperança acabou aos 92 minutos, quando Raul Meireles, que havia entrado na segunda parte, correu muitos metros e rematou forte para o fundo da baliza de Artur. Estava feito o 2-1 e estava decidida a eliminatória da Liga dos Campeões.

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