O apuramento para as meias-finais estava praticamente escrito desde o jogo de Chipre. O Real Madrid entrava hoje no Santiago Bernabéu com o conforto do 3-0 alcançado na primeira mão e a certeza de defrontar o Bayern Munique nas meias-finais. Um “osso duro de roer” para a equipa de José Mourinho, já que os germânicos caminham segundo o sonho de jogar a final na sua Allianz Arena.

Apesar dos três golos no “intervalo da eliminatória”, José Mourinho fez uma gestão “controlada” da sua equipa e só deu descanso ao meio-campo, onde Kaká era o único inquilino com presença regular no onze. De resto, Ronaldo e Pepe estavam no onze, tal como os três portugueses da formação cipriota: Nuno Morais, Hélio Pinto e Paulo Jorge.

O jogo não ofereceu grandes surpresas e o sentido único desenhou-se desde o primeiro minuto. Ronaldo comandava o ataque merengue e começava a criar perigo rapidamente, para confusão da defesa cipriota. Altintop e Higuaín também ameaçaram, numa pressão constante dos anfitriões.

Porém, foi preciso esperar pelos 26 minutos para o que há muito se adivinhava: o golo do Real Madrid. Ronaldo desviou da melhor maneira um cruzamento de Marcelo e confirmou – se ainda havia alguma dúvida – o caminho aberto do Real para as meias-finais.

Pouco depois, foi a vez de Kaká fazer um golo de belo efeito, com um remate em arco aos 37’. Simples e de pura classe do brasileiro, que parece reencontrar-se com o seu melhor nível.

Após o intervalo, mais golos e festa nas bancadas. O Apoel voltou a dar prova da sua competência ao longo desta prova e assinou o que se julgava o tento de honra, aos 67’, por Manduca. Um prémio para o esforço dos cipriotas.

No entanto, os merengues, que já jogavam num ritmo bastante mais lento, não se deixaram impressionar e rapidamente recolocaram a vantagem em dois golos. Ronaldo, numa conversão fantástica de um livre aos 75’, fez o 3-1 e o seu oitavo golo nesta edição da Champions.

Cinco minutos volvidos, foi a vez de Callejón, que saltara do banco no segundo tempo, a inscrever o seu nome na ficha de marcadores, com um bom trabalho individual e um remate rasteiro e colocado a enganar o guardião Pardo.

Foi o mote para uma fase “frenética” nas duas balizas, já que, no espaço de quatro minutos, Solari fez de penálti o 4-2 para o Apoel e Di María respondeu com a confirmação da goleada com um chapéu brilhante, fechando o resultado em 5-2 para o Real Madrid. Pesado para o Apoel, mas que não mancha a campanha notável desta equipa.

Os merengues estão novamente na meia-final da Liga dos Campeões, onde têm encontro marcado com o Bayern Munique, num duelo que promete emoções fortes.