O Málaga venceu o FC Porto por 2-0, em jogo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, e infligiu a centésima derrota europeia à formação portuguesa. Os portistas até entraram melhor no encontro, mas dois golos e uma expulsão no inicio da segunda parte acabaram por sentenciar as aspirações da equipa portuguesa.

Três semanas depois de ter vencido o Málaga no Dragão, o FC Porto tinha a difícil tarefa de visitar o estádio La Rosaleda com a vantagem mínima na eliminatória. Vítor Pereira deixou James Rodriguez no banco e apostou na inclusão de Defour no onze inicial. Pellegrini apostou num Málaga mais ofensivo, com Saviola de início e Roque Santa Cruz no banco.

Com o apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões em jogo, a equipa do FC Porto cedo se impôs no meio-campo do Málaga. Fernando e João Moutinho apropriaram-se da zona intermédia do adversário, enquanto Danilo e Alex Sandro exploravam os corredores para municiar Jackson e Varela.

A equipa de Manuel Pellegrini nem parecia que estava a jogar em casa ao ser totalmente dominada pelo conjunto de Vítor Pereira nos primeiros 15 minutos de jogo. A lógica dos campeões nacionais seria marcar cedo e resolver a eliminatória antes do intervalo, mas a formação do Málaga, aos poucos, conseguiu equilibrar as estatísticas e anular a superioridade portista dos instantes iniciais.

Se no principio do jogo o tempo parecia jogar a favor do FC Porto, com o decorrer da primeira parte foi o Málaga que acabou por ganhar tempo. Antes do intervalo, os espanhóis conseguiram recuperar a posse de bola e criar lances de muito perigo na baliza de Helton. E se aos 39' minutos, o golo anulado a Saviola parecia suscitar muitas dúvidas nas bancadas, Isco veio a repor justiça na eliminatória antes do intervalo com um grande remate de fora da grande área. Ao intervalo, o Málaga conseguia equilibrar as contas para os quartos-de-final enquanto o FC Porto perdia, a olhos vistos, o controlo das operações.

No segundo tempo, Vítor Pereira decidiu fazer alterações na equipa, com a entrada de James Rodriguez para a saída de João Moutinho, mas quem continuava a dominar em campo era a formação do Málaga. E quando as coisas não podiam piorar mais, Defour com uma entrada muito dura sobre Joaquín vê o segundo cartão amarelo e consequente vermelho. O FC Porto via-se a jogar com menos um jogador frente a um adversário galvanizado e faltava quem organizasse o jogo dos dragões.

O Málaga acreditava cada vez mais que era possível a reviravolta na eliminatória, e nem as entradas no FC Porto de Maicon e Atsu pareciam alterar grande coisa.  Aos 74’ minutos, Jackson esteve perto golo mas a bola, teimosamente, apenas roçou no poste após um livre batido por James. E como quem não marca sofre, o Málaga fez o 2-0 três minutos depois por intermédio de Roque Santa Cruz, que curiosamente entrara em jogo três minutos antes.

Nos instantes finais, o FC Porto arriscou tudo para garantir o apuramento mas acabou por ser um esforço inconsequente para atingir os quartos-de-final da Liga dos Campeões.