Paulo Fonseca reconheceu que o FC Porto complicou as contas do apuramento aos oitavos-de-final da Liga dos Campeeões. Os azuis-e-brancos são terceiros no Grupo G com quatro pontos, menos um que o Zenit, depois do empate a uma bola esta tarde na Rússia.

«Não há vitórias morais. Queríamos vencer mas agora percebe-se que as contas estão mais difíceis. Estamos dependentes do Zenit. Mas vamos continuar a acreditar», disse Paulo Fonseca à SportTV, na zona de entrevistas rápidas do estádio Petrovski.

O técnico dos "dragões" sublinhou que a equipa fez uma grande segunda parte e que foi superior ao Zenit nos dois encontros mas o resultado desta tarde acaba por não ser o desejado.

«Durante os 180 minutos dos jogos com o Zenit fomos superiores. Tivemos uma primeira parte de grande nível, chegamos a ter 69 por cento de posse de bola, acabamos o jogo com 22 remates mas a verdade é que não vencemos. O grupo está muito triste mas não vai desistir. Há dois jogos pela frente e se estivermos à nossa altura, como hoje, ainda acreditamos que é possível chegar à outra fase», afirmou.

O treinador recusa a atribuir culpas individuais nos erros defensivos que tem penalizado a equipa.

«Quando erramos, erramos todos. Não há que arranjar desculpas. Sou o máximo responsável por tudo. O golo sofrido não retira mérito a nossa primeira parte mas a verdade é que ao mínimo deslize temos sofrido golos», sublinhou Paulo Fonseca.

A postura do Zenit, principalmente na 1.ª parte, não surpreendeu o treinador dos azuis-e-brancos.

«Houve uma equipa que quis jogar e outra que não quis. A atitude do Zenit não me surpreende, pelo treinador italiano que tem, isto é o jogo que carateriza o Zenit: saídas rápidas para o Hulk e o Danny. Era o jogo que lhes convinha mas nós não demos hipóteses na primeira parte. Pena não termos concretizado as oportunidades criadas», lamentou.