José Mourinho explicou esta terça-feira, após a qualificação do Chelsea para as meias-finais da Liga dos Campeões de futebol, que correu para os seus jogadores para dizer-lhes o que tinham de fazer e não para fazer a festa.

“Não corri para o amontoado de jogadores do Chelsea que festejavam o golo de Demba Ba junto à bandeirola de canto para fazer a festa, mas para lhes dizer o que deviam mudar”, disse Mourinho, após um final de jogo impróprio para cardíacos e que ditou a eliminação do Paris Saint-Germain.

O avançado senegalês, lançado em jogo por Mourinho aos 66 minutos para render Frank Lampard, colocou o Chelsea nas meias-finais da Liga dos Campeões, ao marcar o segundo golo da sua equipa, a pouco mais de dois minutos do final do tempo regulamentar. A equipa londrina venceu por 2-0, resultado suficiente para seguir em frente na prova, após a derrota por 3-1, em Paris, há uma semana.

O treinador português justificou a necessidade que teve de dar instruções aos seus jogadores após a marcação do segundo golo: “Faltavam três minutos para o final do jogo e estávamos a jogar de forma muito arriscada na tentativa de chegar ao segundo golo. Eu queria que Ba jogasse à frente dos centrais e que Torres fosse fechar as subidas de Maxwell”.

Mourinho sustentou que o Chelsea, pelo que fez no início da segunda parte, “merecia ter marcado o segundo golo mais cedo” e que, após o intervalo, “tudo se resumia a uma questão de posse de bola”.

“[Na segunda-feira] no treino, usámos três sistemas diferentes e hoje pusemo-los em prática. Os jogadores sabiam o que tinham de fazer”, explicou Mourinho, para quem o “faro de golo” de Demba Ba foi essencial, elogiando ao mesmo tempo “o grande coração” que a equipa revelou e que justificou por isso “a qualificação”.