O Atlético Madrid venceu o Barcelona por 1-0 e está nas meias-finais da Liga dos Campeões. Koke fez o golo da partida, depois do empate a uma bola em Camp Nou na primeira-mão.

Num dos jogos mais importantes da vida do Atlético Madrid, a formação colchonera entrou em campo determinado a afastar o colosso Barcelona e seguir para as meias-finais.

Sem Diego Costa, lesionado, Diego Simeone escolheu Adrian para a frente. Numa primeira parte de loucos, com 15 minutos infernais, os homens de Simeone entraram em campo como cães de caça, lutando por cada bola como se fosse a última. A pressão constante do Atlético deixava os jogadores do Barcelona atordoados, sem saber o que fazer.

Nos primeiros 14 minutos já se tinha registado nove remates, um golo e duas bolas nos ferros. O golo nasceu com naturalidade, face a apatia Culé. Adrian entrou na área e estoirou ao poste, a bola sobrou para Koke que cruzou para Adrian ganhar de cabeça a Bartra. Koke que nunca desistiu da jogada, apareceu ao segundo poste a encostar para golo aos cinco minutos.

Nem a perder o Barcelona acordou. Aliás era o Atlético quem continuava a mandar no jogo, fruto de uma maior frescura física, mais pressão sobre o adversário, mais de determinação e vontade de vencer. Aos sete minutos Bartra tirou o golo a Villa, aos 10 é Villa que vê a barra negar-lhe o golo após nova perda de bola dos jogadores de Tata Martino. E Villa vai atirar nova bola à barra, aos 19 minutos, em mais jogada de ataque rápido.

O Barcelona vivia do que Neymar e Iniesta faziam em campo. A equipa era lenta a circular a bola, só lateralizava. Com onze homens atrás da linha da bola e com um bloco muito baixo, o Atlético conseguia tirar espaço aos blaugrana. As duas oportunidades criadas pelo Barcelona na 1.ª parte saíram de remates de Messi mas o argentino, demasiado apagado, desperdiçou as jogadas rematando ao lado. Nos últimos cinco jogos contra os Colchoneros, Messi não fez qualquer golo.

Tata Martino deve ter dado um puxão de orelhas aos seus jogadores no balneário porque entraram mais determinados na segunda parte. Empurraram o Atlético para mais perto da baliza de Courtois, tentando chegar ao golo que empatasse a eliminatória. Aos 48 minutos Xavi fez um passe magistral a isolar Neymar mas Courtois foi enorme e conseguiu travar a jogada. A bola sobrou para Messi que só não fez golo porque um defesa deu o corpo a bola e cortou para canto.

Vendo a equipa muito recuada e sem possibilidade de sair em contra-ataque, Simeone lançou em campo o brasileiro Diego Ribas, ex-FC Porto. O médio voltou a dar largura ao jogo do Atlético que vai estar perto do golo em duas ocasiões. Na primeira, Pinto defendeu como pode o remate de Diego, na segunda, num contra-ataque de dois para dois, Gabi entrou na área, deslumbrou-se e atirou contra as pernas de Pinto, quando tinha tudo para marcar.

O Barcelona, vendo o tempo a passar e a eliminatória a fugir, intensificou o ataque à baliza de Courtois, embora nem sempre com clarividência. Xavi podia ter empatado num cabeceamento aos 71 e tal como Neymar aos 77, num remate de cabeça que saiu ao lado por muito pouco.

À medida que o tempo passava e com o Barcelona a não criar perigo, os adeptos que lotaram por completo o Vicente Calderon começaram a fazer a festa, entoando cânticos de apoio a equipa. Cebola Rodriguez, lançado no segundo tempo, poderia ter dado a machada no jogo aos 89 mas Pinto negou-lhe o golo.

A equipa mais determinada, mais pressionante e com mais vontade passou às meias-finais, onde já estão o Chelsea, o Real Madrid e o Bayern Munique. Tal como na primeira-mão, Messi voltou a ser um sombra de si mesmo. Passou pelo jogo sem criar um único lance de desequilíbrio. Uma palavra para Tiago, que fez um jogo enorme.

O Atlético Madrid chega a uma meia-final de uma Taça/Liga dos Campeões, 40 anos depois. Esta temporada, nos cinco jogos já feitos frente ao Barcelona, empatou quatro e venceu um. Os Blaugrana falham a meia-final, onde estiveram nas últimas sete temporadas.