A futebolista brasileira Marta anteviu hoje, em entrevista ao site da UEFA, “um grande jogo contra o melhor adversário”, na final da Liga dos Campeões feminina, que quinta-feira vai opor o Tyresö sueco ao Wolfsburgo alemão.
Dez anos depois de ter sido decisiva na sensacional vitória do Umeå IK, por um total de 8-0, na final da UEFA Women's Cup sobre o Eintracht de Frankfurt, Marta espera voltar a conquistar outro título europeu por um clube sueco ante um adversário alemão.
“Será um grande jogo, sem dúvida. Vamos defrontar a melhor equipa do mundo - a atual detentora da Champions League, um conjunto difícil pois tem muitas jogadoras de grande nível. As equipas alemãs têm uma grande tradição em chegar às finais da competição e ganhar. Será um grande jogo contra o melhor adversário”, resumiu a brasileira, que foi escolhida como melhor futebolista do mundo por cinco vezes consecutivas, um recorde entre mulheres e homens.
Desta vez, Marta, que perdeu a final da competição em 2007 e 2008 quando alinhava no Umeå, é a estrela maior do Tyresö, clube que vai disputar a final da rebatizada Liga dos Campeões contra o Wolfsburgo, na quinta-feira, no Estádio do Restelo, em Lisboa.
“Como desportista, queremos competir ao mais alto nível. É mais outra oportunidade nas nossas carreiras, a de estar a disputar a maior prova de clubes no futebol feminino. A Champions League é uma prova que qualquer atleta de topo sonha em jogar, ganhar, ou tentar chegar o mais longe possível. Estamos muito satisfeitas por atingir a final e, claro, vamos dar tudo para tentar ganhar e trazer o troféu para casa connosco”, prometeu.
A avançada brasileira, de 28 anos, assumiu que ela e as suas colegas estão motivadas para deixar a sua marca no futebol europeu.
“Trabalhámos tanto para atingir esta final! Estamos muito motivadas. Nunca pensei tanto numa só coisa. Nesta altura, estou focada na Champions League. Claro que há os jogos do campeonato sueco, temos outras exigências. Mas tudo gira à volta da Liga dos Campeões”, revelou.
Para Marta, é uma honra poder estar outra vez numa final, mas, em caso de vitória do Tyresö, vai sentir a alegria de maneira distinta.
“Com esta equipa, a sensação será diferente, sem qualquer dúvida, porque não temos as mesmas raízes: somos uma equipa nova que não joga assim há tanto tempo junta como acontecia no Umeå. Não temos a mesma tradição que o Umeå tinha. Por isso é diferente. A sensação será a de que o trabalho terá sido feito, trabalhámos juntas durante todo este tempo para, por fim, conseguirmos o objectivo. Será algo que guardaremos para o resto das nossas vidas, independentemente de ficarmos ou não aqui”, explicou.