A ocupação dos hotéis em Lisboa no fim de semana da final da Liga dos Campeões atingiu quase 100%, tendo o preço por quarto mais do que duplicado, situando-se entre os 213 e os 244 euros, segundo a AHP.
A presidente da direção executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) disse hoje, em conferência de imprensa, que houve "um aumento de seis a sete pontos percentuais na taxa de ocupação/quarto no fim de semana da Liga dos Campeões em comparação com o fim de semana homólogo".
Assim, na cidade de Lisboa, onde se jogou a final a 23 de maio, a taxa de ocupação dos hotéis fixou-se em 95% e a 24 de maio atingiu os 99%, enquanto no fim de semana homólogo [24 e 25 de maio de 2013] tinha sido de 88 e 93%, respetivamente.
"Houve um impacto sim, encheram-se os hotéis - embora maio seja sempre um mês forte para a hotelaria em Lisboa -, mas não é aqui que há a grande surpresa", disse Cristina Siza Vieira, acrescentando que esta veio do lado do preço.
Ao contrário do que se especulou - quartos a serem vendidos a 3.000 euros - "os preços subiram cerca de duas vezes e meia" e não "10 a 15 vezes mais", explicou a responsável.
A 23 de maio o preço médio dos quartos de hotel vendidos em Lisboa foi de 213 euros, um aumento de 144% face aos 87 euros cobrados no período homólogo, enquanto a 24 de maio - noite da final - subiram para os 244 euros, um crescimento de 168% relativamente aos 91 euros a que foram cobrados no período homólogo.
Já no que diz respeito ao comportamento da hotelaria na NUTSII, ou seja Lisboa e parte do distrito de Setúbal - a zona de influência da final da Liga dos Campeões - a taxa de ocupação atingiu os 93% a 23 de maio, enquanto a 24 de maio fixou-se nos 97%, enquanto no fim de semana homólogo [24 e 25 de maio de 2013] tinha-se situado nos 84 e 88%, respetivamente.
Já no que diz respeito ao preço praticado na NUTSII, em termos médios também subiram. No dia 23 de maio passou dos 81 euros do homólogo para os 186 euros, enquanto no dia 24 de maio deste ano passaram de 85 euros, de média, para 208 euros.
"Comparando com fenómenos de procura acentuada, motivada designadamente por estes eventos noutras cidades europeias, não há aqui nada que se diga que seja estrondoso, é uma subida justificada por uma procura mais acentuada e que vem, normalmente, até preencher aquela parte de quartos mais caros que ficam disponíveis", disse Cristina Siza Vieira.