A edição 2014/15 da Liga dos Campeões de futebol arranca na terça-feira, com os espanhóis Real Madrid, campeão em título, e FC Barcelona e os alemães do Bayern de Munique como os habituais candidatos ao título.

A presença na segunda fase parece a meta mais objetiva para o campeão português Benfica, o regressado Sporting e FC Porto, que, juntamente com Real Madrid e FC Barcelona, iguala o recorde de presenças na fase de grupos da Liga dos Campeões, que pertence ao ausente Manchester United, com 19.

“Reforçado” por James Rodriguez e Toni Kroos, mas já sem os influentes Angel Di Maria e Xabi Alonso, o Real Madrid, do “comandante” Cristiano Ronaldo, sai na “pole position” para a nova temporada, mas precisa de contrariar a história.

Depois da tão ambicionada “décima” conquistada em Lisboa, os “merengues” têm de fazer algo que nunca foi conseguido desde o início da Liga dos Campeões, revalidar o título, com o Basileia, de Paulo Sousa, a ser o primeiro obstáculo, ainda na “ressaca” da derrota no dérbi de Madrid, frente ao “rival” Atlético.

Após um ano para esquecer, o FC Barcelona volta a surgir como candidato, com Luis Enrique como novo treinador e com “reforços” em todos os setores do campo, com destaque para o croata Rakitic e para o uruguaio Luis Suarez, que vai falhar os primeiros jogos, devido a castigo.

O Bayern de Munique quer voltar a vencer a mais importante competição de clubes, depois de na última temporada ter sido apanhado na “maldição” do campeão, caindo nas meias-finais.

A uma equipa já forte, que tem feito da Liga alemã um autêntico passeio, juntaram-se o espanhol Xabi Alonso e o polaco Robert Lewandowski.

Numa segunda linha de candidatos surge o Atlético Madrid, campeão espanhol e finalista da última “Champions”, mas que que perdeu alguns dos jogadores fundamentais, apesar de se ter reforçado com nomes sonantes como Mandzukic e Griezmann.

Também com aspirações surge o líder isolado da Liga inglesa, o Chelsea, de José Mourinho, que quer vencer a sua terceira “Champions”, já sem o histórico Lampard, mas reforçado com Courtois, Filipe Luís, Diego Costa e Fabregas, além do regresso de Drogba.

Os campeões de Inglaterra, França e Itália, Manchester City, Paris Saint-Germain e Juventus, respetivamente, estão também numa segunda lista de favoritos, da qual não se podem excluir os outros dois clubes ingleses: Arsenal e Liverpool.

Para os três clubes portugueses a chegada aos oitavos de final será, racionalmente, o primeiro objetivo e apenas um milagre poderia levar uma delas a uma meia-final ou até à final de Berlim.

Depois de duas finais da Liga Europa consecutivas, o campeão Benfica está integrado no Grupo C, que será, em teoria, equilibrado e sem um candidato claro à passagem, com os “encarnados” a defrontarem o Zenit, de André Villas-Boas, o Mónaco, de Leonardo Jardim, e o Bayer Leverkusen.

Regressado cinco temporadas depois ao convívio dos “grandes”, o Sporting, de Marco Silva, procura chegar pela segunda vez aos oitavos de final, num Grupo G em que surge, em teoria, como terceira equipa, atrás de Chelsea e Schalke 04, com o Maribor a ser o conjunto mais acessível.

Recordista de participações, o FC Porto ainda não esqueceu a última temporada, em que teve a sua pior prestação de sempre, sem qualquer triunfo em casa e apenas cinco pontos conquistados.

Agora comandados pelo espanhol Julen Lopetegui, os “dragões” surgem como um dos favoritos ao apuramento no Grupo H, no qual vão defrontar o Athletic Bilbau, o BATE Borisov e o Shakhtar Donetsk, obrigado a jogar longe da sua casa devido ao conflito na Ucrânia.

Na Liga Europa, o estreante Rio Ave, que ainda não perdeu na I Liga, e o Estoril-Praia, que ainda não venceu, enfrentam agrupamentos equilibrados na primeira fase da prova.

Os vila-condenses, agora comandados por Pedro Martins, começam por receber os ucranianos do Dínamo Kiev, tendo ainda de defrontar Aalborg e Steaua Bucareste, na “poule” J.

Os holandeses do PSV Eindhoven são os primeiros adversários do Estoril-Praia, de José Couceiro, no Grupo E, que conta ainda com Panathinaikos e Dínamo Moscovo.

O Sevilha, detentor do troféu, que conta com os portugueses Beto, Daniel Carriço e Diogo Figueiras, também não terá tarefa facilitada no Grupo G, que vai disputar com Feyenoord, Standard Liège e Rijeka.