Uma noite para esquecer marcou o regresso do Benfica à Liga dos Campeões. Perante o Zenit de São Petersburgo, os encarnados caíram por 2-0, num jogo em que seguiram à risca a Lei de Murphy: tudo o que podia correr mal, correu mesmo mal. Foram dois golos sofridos, mas na verdade podiam ter sido mais.

Quase dois anos depois, o Benfica voltou a perder no Estádio da Luz para a Champions. Depois da façanha do Barcelona em 2012, esta noite foi a vez do Zenit brilhar, permitindo nova festa de André Villas-Boas no reduto encarnado. Para avivar as memórias da época de 2010/11, em que festejou o título pelo FC Porto na Luz, até Hulk marcou pelos russos.

Depois de uma goleada de mão cheia ao V. Setúbal, Jorge Jesus repetiu o onze na esperança de um desfecho semelhante. Porém, o desastre começou a escrever-se desde muito cedo. Os 20 minutos iniciais revelaram-se horríveis para o Benfica: muitas falhas, uma enorme apatia e total incapacidade para travar o Zenit.

Hulk demorou apenas cinco minutos a perceber isso, o tempo que o levou a fazer o 0-1, após excelente assistência de Shatov, com um passe a rasgar a defesa encarnada. O vice-campeão russo parecia um carrossel sobre o relvado da Luz e não tardou a elevar a vantagem. Aos 18’ Artur foi expulso por derrubar Danny fora da área e deixou os campeões nacionais a jogar com 10 elementos. O golpe fatal russo seria dado pouco depois. No canto nascido desse mesmo livre, Witsel cabeceou para o 0-2, com Paulo Lopes (que entrou para o lugar de Talisca) a defender já para lá da linha de golo. Tão simples para o Zenit, tão penoso para o Benfica.

A partir daí, o Zenit abrandou um pouco o seu ritmo e o Benfica tentou igualmente baixá-lo para se reajustar e entrar em fase de contenção de estragos. Com 0-2 e menos um jogador, o fim da história já estava escrito. Aliás, o jogo chegou ao intervalo com 10 remates da formação russa, dos quais cinco foram à baliza, enquanto os encarnados apenas acertaram um na baliza de Lodygin em sete tentativas.

No segundo tempo o Benfica surgiu transfigurado. Dando sequência à tardia recuperação antes do intervalo, os encarnados reapareceram mais aguerridos e dispostos a minorar os danos. Com Salvio e Enzo Pérez em bom plano, os encarnados cresceram e começaram a ameaçar a baliza russa. O extremo argentino até se pode queixar de uma grande penalidade que ficou por assinalar sobre si, aos 52’, mas o árbitro norueguês Svein Moen assim não o entendeu.

O Zenit não se intimidou e ainda chegou a atirar ao poste por Hulk, aos 61’. Porém, o segundo tempo era do Benfica, que pressionou em inferioridade numérica na esperança de ser feliz. Seguiram-se bons lances dos encarnados, mas o resultado não sofreria alterações.

Depois de um início infeliz, o Benfica não conseguiu acabar com um sorriso, mas conseguiu salvar a face perante os adeptos, que se despediram com aplausos e cânticos aos jogadores.

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