A Juventus empatou a uma bola com o Real Madrid no Bernabéu e está na final da Liga dos Campeões. Ronaldo ainda deu vantagem aos merengues mas o "traidor" Morata, formado no Real, empatou e deu a final a Vecchia Signora, ele que já tinha marcado no primeiro encontro.

Cinco anos depois, uma equipa italiana voltava à Espanha para disputar uma meia-final da Champions. Em 2009)/2010, o Inter de Mourinho eliminou o Barcelona antes de erguer o troféu ante o Bayern Munique. Esta era também a reedição da final de 1998. Pedrag Mijatovi marcou na altura o golo que valeu a conquista do troféu aos espanhóis.

Depois do 2-1 da primeira-mão para a Juventus, o Real sabia que um golo bastaria para marcar presença na final. Ancelotti já contou com Benzema, que recuperou de lesão. Apostou em Varane para o centro da defesa em detrimento de Pepe que ficou no banco. Do lado contrário, Massimilano Allegri apostou no regressado Pogba para o meio-campo.

O Real Madrid entrou forte no encontro, com destaque para Benzema, Ronaldo, Bale e James, os homens mais perigosos. Benzema deu o primeiro sinal aos cinco minutos, num remate dentro da para fora. Depois foi Ronaldo a assustar Buffon num livre. O guarda-redes transalpino mostrou reflexos aos 20, negando o golo a Bale num remate de fora da área.

O primeiro sinal de perigo da Juventus surgiu de fora da área, num remate de Vidal que Casillas defendeu com segurança. O Real, que apostava em transiçõees rápidas, marcou aos 23 minutos, após falta infantil de Chielini na área sobre James. Ronaldo não tremeu e fez um 1-0 de penálti, apanhando Messi na lista dos melhores marcadores com 10 golos e igualando o argentino também nos melhores marcadores de sempre da prova com 77.

Era o 24º jogo seguido do Real a marcar na Champions. Com o golo, Ronaldo passava a ser o primeiro jogador a marcar pelo menos dez golos na Champions em quatro épocas seguidas. Os merengues também podiam ter feito o 2-0 antes do intervalo, numa jogada entre Ronaldo, Benzema e Bale mas CR7, depois de tirar um defesa do caminho, preferiu passar em vez de rematar. Apareceu Vidal a cortar a bola e evitar males maiores. O intervalo chegava com os merengues na frente da eliminatória mas com 45 minutos para defender a vantagem ou então amplia-la.

A resposta da Vecchia Signora chegou dos pés do "traidor" Morata. O espanhol, formado no Real Madrid, fez o 1-1 aos 57 minutos, aproveitando um erro de Sérgio Ramos para bater Casillas, tal como já tinha feito em Turim. Morata imitava assim Morientes, o último espanhol que tinha marcado nas duas mãos de uma meia-final da Champions (2004). Só Élber (Bayern Munique) tinha marcado dois golos aos merengues em duas mãos de uma meia-final da Liga dos Campeões.

O Real Madrid tinha só meia hora para marcar e mandar o jogo o prolongamento. Bale, muito contestado por estes dias em Madrid, dispôs de várias oportunidades, algumas delas flagrantes, mas o ex-Tottenham continua de "costas voltadas" com os golos.

O "coelho" tirado da cartola de Ancelotti foi Chicharito, que entrou no lugar de Bale, mas a mexida não surtiu efeito. Viria a ser a Juventus a ter a melhor oportunidade aos 70 minutos, numa grande jogada que Marchisio só não fez golo porque Casillas não deixou. O guarda-redes merengue voltou a brilhar perto final, negando o tento a Pogba. Buffon também esteve em evidência nos momentos de maior aperto, mostrando segurança e ajudando a manter a baliza intacta na segunda parte.

O Real Madrid apenas se queixar de si próprio por ter falhado a final. A Juventus irá defrontar o Barcelona, numa final marcada para 6 de junho em Berlim. Tal como em 2009/2010, uma equipa italiana volta a eliminar uma espanhola e passar para a final da Liga dos Campeões.