O Real Madrid está na final da Liga dos Campeões. Os "merengues" venceram o City por 1-0, na segunda-mão das meias-finais, depois do 0-0 no primeiro jogo. Bale fez o tento que coloca a turma "blanca" na rota do 11º título. Na final de Milão, teremos a reedição da final de Lisboa, ganha pelo Real Madrid ao Atlético, equipa que eliminou o Bayern Munique.

Depois do 0-0 no El Ethiad, o Real Madrid sabia que um golo bastava para colocar-se na final e tentar a 11ª Taça/Liga dos Campeões. Os "merengues" contavam com um trunfo de peso chamado Ronaldo. O português recuperou de uma lesão muscular e voltou ao onze, três jogos depois, ele que tinha falhado a partida da primeira-mão. Do lado do City, Pellegrini já pode contar com Yaya Touré no meio-campo, depois de o costa-marfinense ter recuperado de problemas físicos. O Manchester City tentava a primeira vitória sobre o Real Madrid, depois de duas derrotas e um empate.

Num Bernabéu lotado e com uma coreografia fantástica, (Djokovic e Nadal nas bancadas a apoiar os merengues) o Real Madrid deu o primeiro sinal de perigo aos 14 minutos, num remate de cabeça de Ronaldo para fora após centro de Carvajal. Da ameaça ao golo foi um instante. Com mais bola e mais vontade de marcar, a formação espanhola vai adiantar-se no marcador aos 20 minutos. Carvajal colocou em Bale na área, o galês tentou cruzar mas a bola desviou em Fernando e traiu Hart.

Em desvantagem, esperava-se uma reação dos "citizens" mas a equipa de Pellegrini não estava tão bem com esteve nos dois jogos com o PSG nos quartos-de-final. Muitas perdas de bola, passes errados, más decisões, limitavam a resposta da formação de Manchester, que poderia ter feito o empate aos 45 minutos. O remate de Fernandinho foi ao poste, naquela que foi a melhor oportunidade do City na primeira parte. Antes, aos 30, Pepe tinha colocado a bola no fundo da baliza após livre mas estava em fora-de-jogo.

O segundo tempo trouxe um Real Madrid melhor, com Ronaldo e Modric a terem hipóteses de fazer golo aos 52 e 54 minutos mas Joe Hart travou as suas intenções. Foi nessa altura que Pellegrini percebeu (tarde) que tinha de mexer na equipa. Retirou o apagado Yaya Touré e lançou Sterling. Minutos depois fez entrar Iheanacho para o posto de Navas, já depois de Zidane ter colocado Lucas Vázquez e James Rodriguez em campo, nos lugares de Jesé e Isco.

Apesar disso era o Real Madrid quem estava melhor na partida. Cristiano Ronaldo, que muito procurou o golo, viu Joe Hart negar-lhe as suas intenções aos 59 minutos, num remate rasteiro, a passe de Bale. Aos 64 foi a barra a ajudar o City a manter-se em jogo, após remate de cabeça de Bale.

Mesmo com todas as mexidas e com mais jogadores de cariz ofensiva, o City continua com os mesmos problemas da primeira parte: dificuldades em entrar no último reduto dos "merengues". Sterling deu mais trabalho a Carvajal no lado direito mas era inconsequente. Já o Real ia assustando em rápidos contra-ataques mas também não estava a afinar o último passe.

Com o tempo a passar, escasseavam soluções ao City para bater Navas. Aguero tentou aos 88, num remate potente que assustou o guarda-redes costa-riquenho.
Depois dos dois excelentes jogos frente ao PSG nas meias-finais, o City não conseguiu fazer um golo ao Real que lhe dava a passagem à final. Zidane consegue assim colocar o Real Madrid em boa posição para chegar ao 11º título.

O Real Madrid está assim na final onde vai defrontar o Atlético Madrid, naquela que é a reedição da final de Lisboa de 2014, ganha pelos "merengues". Os "colchoneros" eliminaram o Bayern Munique pelo critério de golos fora, depois de terem perdido em Munique por 2-1. Em casa tinham ganho 1-0. A turma de Diego Simeone vai tentar vingar a final perdida na Luz, os de Zidane tentarão a 11ª Taça/Liga dos Campeões da história do Real Madrid em 14 finais.

Esta será também a terceira final entre equipas do mesmo país na Champions, com o Real Madrid em todas elas. Das outras duas vezes, os "merengues" levantaram o troféu (3-0 ao Valência em 2000 e 4-1 ao Atlético Madrid em 2014).