Pimenta Machado, antigo presidente do Vitória de Guimarães, tomou conhecimento da entrevista concedida por Nuno Espírito Santo ao jornal The Guardian, na qual o atual treinador do FC Porto contou de que forma se processou a sua transferência do clube vimaranense para o Deportivo da Corunha. Segundo o dirigente, a história de uma "bebedeira" como origem do negócio não passa de uma mentira.

"O senhor Nuno deve estar a sofrer de paramnésia pois tudo o que aí diz é mentira. Fui convencido num almoço na Corunha com o Jorge Mendes e o Lendoiro [presidente do Deportivo] e a transferência fez-se sem descontos, penso que por 3 milhões de euros", disse Pimenta Machado ao jornal Record.

"Foi um processo complicado pois eles armaram-se em malandros mas no fim vieram ter comigo ao estilo de Egas Moniz, com a corda ao pescoço, e eu respondi-lhes que, sim, libertava o jogador mas se houvesse dinheiro. E ainda recebemos um jogador do Corunha", recordou ainda.

O antigo presidente do V. Guimarães vai mais longe e aconselha "juizinho" ao treinador do FC Porto. "O senhor Nuno tem de ter mais juizinho se quer ser treinador de futebol. Que se deixe de mentiras", atirou, garantindo ainda que nunca esteve no apartamento do antigo guarda-redes.

"Nunca fui ao apartamento de qualquer jogador do Vitória, era uma tarefa do nosso diretor de instalações", explicou.

Para rematar, Pimenta Machado garante que durante muito tempo não voltou a falar com Nuno.

"Ele lá foi e só cedi quando finalmente foi transferido, alguns anos depois, para o FC Porto, porque na altura estava de boas relações com o Pinto da Costa", recordou.