O Mónaco, de Leonardo Jardim, vai testar a sua vocação ofensiva frente ao Manchester City, de Pep Guardiola, nos oitavos de final da Liga dos Campeões em futebol, num duelo que arranca terça-feira em Inglaterra.

A efetuar uma época sensacional, sobretudo pelo poder ofensivo, como mostram os 108 golos, 76 dos quais na ‘Ligue 1’, que lhe conferem o melhor ataque das principais ligas europeias, o conjunto monegasco procura repetir 2014/15.

Na primeira época sob o comando do ex-técnico do Sporting, o Mónaco chegou até aos ‘quartos’, ao afastar nos ‘oitavos’ precisamente um conjunto inglês, o Arsenal, que bateu fora por 3-1, para, depois, ceder em casa por 2-0.

Os monegascos, que também ultrapassaram os ‘oitavos’ em 2003/04, chegando então à final, que perderiam para o FC Porto (0-3), já marcaram 16 tentos na presente edição da ‘Champions’, sendo que tiveram de afastar o Fenerbahçe e o Villarreal para atingirem a fase de grupos.

O regressado colombiano Radamel Falcao é o ‘rei’ dos goleadores na temporada, com 22 golos, seguido por Germain, com 12, Mbappé, com 11, e Lemar, com 10 e do português Bernardo Silva, com nove. O menos influente João Moutinho soma dois.

Os 108 tentos do Mónaco em 2016/17 só têm paralelo nos números do FC Barcelona, que soma mais um tento, muito por culpa do argentino Lionel Messi, autor de 34.

O Mónaco e os seus números metem respeito, mas, do outro lado, os gauleses vão ter uma equipa que parece ter voltado ao ser melhor nível nos últimos jogos, depois de um período muito complicado.

A subida de forma do ‘onze’ de Guardiola coincidiu com o ingresso do jovem reforço de inverno brasileiro Gabriel Jesus (19 anos), que cometeu a proeza de relegar para o banco dos suplentes o argentino Sergio ‘Kun’ Aguero, mas, entretanto, lesionou-se e está dois a três meses de baixa.

No mesmo dia do embate do Etihad, o Atlético de Madrid, de Tiago, vai tentar confirmar o seu favoritismo no reduto dos alemães do Bayer Leverkusen, depois de ter ficado à frente do Bayern Munique na fase de grupos.

Longe da frente na Liga espanhola, os ‘colchoneros’ defrontam um conjunto que tem dececionado na ‘Bundesliga’, ocupando um ‘pobre’ oitavo lugar, muito distante dos lugares de acesso à ‘Champions’ que costuma ‘frequentar’.

Face ao posicionamento das suas equipas nos respetivos campeonatos, os treinadores Diego Simeone (Atlético de Madrid) e Roger Schmidt (Bayer Leverkusen) poderão apostar tudo na ‘Champions’, o que poderá redundar numa interessante eliminatória.

Quanto aos jogos de quarta-feira, o FC Porto recebe a favorita Juventus - líder destacada do campeonato italiano de futebol, rumo ao ‘hexa’ -, que, além de dominar em ‘casa, quer marcar ‘pontos’ na Europa.

Vice-campeã há dois anos, derrotada apenas pelo FC Barcelona, a ‘Juve’ voltou a apostar forte, nomeadamente com a contratação do avançado argentino Gonzalo Higuaín, um dos grandes trunfos de Massimiliano Allegri.

Os ‘dragões’, que no início da época afastaram a Roma nos ‘play-offs’ de acesso à fase de grupos, podem, porém, inspirar-se no Benfica, que, há três anos também não era favorito e bateu a ‘velha senhora’ nas meias-finais da Liga Europa (2-1 em casa e 0-0 em Turim).

O outro embate dos ‘oitavos’ opõe o Sevilha, vencedor das últimas três edições da Liga Europa, ao Leicester, que, depois de ter espantado o mundo na época passada, ao sagrar-se campeão inglês, luta agora pela manutenção na ‘Premier League’.

Os andaluzes, que contam com o português Daniel Carriço, partem, assim, na ‘pole’ para chegar aos ‘quartos’, mas o estreante clube inglês, comandado pelo italiano Claudio Ranieri, poderá surpreender, sem a pressão dos pontos que pende sobre si na competição interna.

Nos primeiros quatro jogos da ronda, as equipas da casa monopolizaram os triunfos, com destaque para os 4-0 do Paris Saint-Germain ao FC Barcelona e os 5-1 do Bayern Munique ao Arsenal. Por seu lado, o campeão Real Madrid superou o Nápoles por 3-1 e o Benfica bateu o Borussia Dortmund por 1-0.