O FC Porto foi derrotado, esta quarta-feira, pela Juventus por 2-0 na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, que se disputou no Estádio do Dragão. Pjaca e Dani Alves estiveram no banco até aos 67 e 73 minutos, respetivamente, e os dois jogadores foram os responsáveis pela vitória dos italianos, numa partida em que o FC Porto esteve reduzido a dez elementos desde os 27 minutos.

Face ao último encontro, frente ao Tondela para o campeonato português, Nuno Espírito Santo fez três alterações na equipa inicial, fazendo entrar Brahimi, Danilo e Herrera. André André, Otávio e Corona ficaram de fora. Desta forma, o treinador do FC Porto imprimiu um maior rigor defensivo no meio-campo. Contudo o destaque deste alinhamento foi mesmo a continuidade de Rúben Neves, que segurou assim um lugar depois da excelente exibição na 22.ª jornada da I Liga.

Como habitual, os Dragões entraram pressionantes na partida diante dos italianos, enquanto estes iam estudando a partida, vista desde o último terço do campo. Logo aos cinco minutos, André Silva foi derrubado por Chiellini à entrada da área e ganhou um livre perigoso, que Brahimi desperdiçou rematando por cima da barra.

A meio do primeiro tempo, o momento polémico que colocou os Dragões a jogarem com dez elementos. Alex Telles vê o primeiro amarelo após uma entrada por trás sobre Cuadrado e, no minuto seguinte, vê o segundo amarelo ao entrar de carrinho sobre Lichsteiner. Um lance que levou o Estádio do Dragão ao histerismo, tantos eram os assobios que se faziam ouvir. Na sequência desse lance, Cuadrado atirou forte à entrada da área e falhou o alvo por muito pouco.

Perante este cenário, e com a Juventus a ficar mais perigosa, Nuno Espírito Santo tirou o avançado André Silva do jogo para colocar Miguel Layún, colmatando assim o buraco que ficou no corredor esquerdo da defesa portista.

Os Dragões iam ficando mais desorientados no encontro e claramente esperavam por novas orientações do treinador durante o intervalo. Os italianos perceberam essa falta de orientação mais rigorosa e foram aproveitando as oportunidades. Aqui, nota positiva para Iker Casillas, que conseguiu segurar o nulo até ao apito do intervalo, valendo ainda o poste ao guarda-redes espanhol, depois de Dybala rematar contra ele aos 45 minutos.

A Juventus esteve mais perto do golo na primeira parte e adivinhava-se um segundo tempo muito complicado para a turma de Nuno Espírito Santo, que estavam em desvantagem numérica.

No segundo tempo, a Juventus surgiu mais confiante e tomou conta do jogo, perante um FC Porto mais contencioso, defendendo e espreitando as oportunidades que lhe iam surgindo, que foram poucas. Aos 61 minutos, Espírito Santo achou que o jogo estava a pedir um futebol mais inesperado de Corona e assim o fez. Ruben Neves foi o sacrificado.

Pjaca entrou aos 67 minutos para o lugar de Cuadrado e o croata demorou apenas cinco minutos para marcar. O avançado tentou tabelar com Dybala mas acabou por ser Layún a devolver a bola ao croata, que atirou rasteiro para o golo.

Antes de Espírito Santo colocar Diogo Jota em campo, para o lugar de Brahim (que teve uma noite péssima), Dani Alves entrou para o lugar de Lichtsteiner e o defesa brasileiro aumentou a vantagem da Juve aos 74 minutos. Após cruzamento do ex-portista Alex Sandro, Dani Alves, solto ao segundo poste, dominou de peito e atirou de pé esquerdo para o fundo das redes.

Nota ainda para o surpreendente ambiente que se viveu esta noite no Estádio do Dragão, com cerca de 50 mil espetadores num ambiente ensurdecedor e intimidante para a equipa adversária e também para os árbitros.

A segunda mão desta eliminatória disputa-se a 14 de março, em Turim.