A justiça federal alemã devolveu hoje às autoridades locais o caso do atentado contra o autocarro do Borussia Dortmund, quando ia disputar um jogo da Liga dos Campeões em futebol, após descartar indícios de terrorismo.

“As investigações realizadas não encontraram indícios de que houvesse um envolvimento terrorista”, referiu em comunicado as autoridades federais.

O atentado, no qual ficou ferido num pulso o futebolista espanhol Marc Batra, aconteceu quando o autocarro ia a caminho do estádio, a 11 de abril, antes da primeira mão dos quartos de final entre Borussia Dortmund e Mónaco, em Dortmund.

As autoridades federais assumiram o caso, depois de terem acesso a três mensagens que reivindicavam o atentado, alegando uma motivação de fundamentalismo islâmico, cenário que acabou agora por ser descartado.

A hipótese colocada agora é a de que o presumível autor do atentado, identificado como Sergei W., agiu com interesses económicos, por ter apostado numa baixa de ações do clube e pretendia que estas caíssem abruptamente com o atentado.

A equipa alemã, que tinha eliminado o Benfica nos oitavos de final e conta nas suas fileiras com o internacional português Raphäel Guerreiro, acabou por ser eliminada pela formação monegasca, treinada por Leonardo Jardim.

No primeiro jogo, que foi adiado, face ao atentado, para o dia seguinte, o Dortmund perdeu por 3-2, e na visita ao Principado foi novamente derrotado, por 3-1.