Não só venceu como goleou. O Real Madrid impôs o seu domínio na Champions, vencendo a Juventus por 4-1 na final da Champions em Cardiff, conquistando o 12º troféu para as vitrinas merengues. Ronaldo foi um dos heróis da partida ao apontar dois golos.
Cristiano Ronaldo e a história. Duas palavras que têm andado de braço dado durante a carreira do português.
Abraço à história
Com os dois golos apontados esta noite frente à Juventus, o jogador português tornou-se no terceiro jogador da história a marcar em três finais da Liga dos Campeões e chegou assim ao golo 600 na carreira. Com a maldição 'quebrada', depois do Real Madrid se ter tornado no primeiro clube a vencer duas Liga dos Campeões em dois anos consecutivos, o jogador português caminha a passos largos para vencer a quinta Bola de Ouro e igualar assim Leonel Messi.
Crónica do jogo
A história e a estatística não explicam tudo, mas são uma grande ajuda: Equipa que marca primeiro, normalmente vence a prova rainha da UEFA. Voltou a ser assim em Cardiff.
Mediram forças duas equipas com história na prova mais prestigiada da UEFA. De um lado a Juventus, à procura da última coroa de Buffon e da terceira Champions da sua história. Do outro o Real Madrid a tentar ganhar o seu 12º troféu e a sua terceira prova 'Uefeira' em quatro anos. A segunda consecutiva.
Equipas: Zidane resolveu deixar o menino da casa no banco. Em Cardiff no seu País de Gales, Gareth Bale foi para o banco, sendo preterido por Isco.
A Juventus apresentou-se no seu esquema habitual, no seu 3-4-3, com Mandzukic descaído na esquerda e com Dybala mais solto.
Perante um grande ambiente da capital do País de Gales, na primeira parte, o equilíbrio foi a nota dominante - tal como a história dos confrontos entre as duas equipas - Oito vitórias para cada lado e dois empates.
Keylor Navas foi o primeiro a brilhar com uma enorme defesa, depois de um grande pontapé de Pjanic. Mas a história começou a sorrir para Cristiano Ronaldo e para o Real Madrid aos 20 minutos. Depois de grande jogada de entendimento, Carvajal cruzou e CR7 finalizou com classe da melhor forma.
O português tornava-se no primeiro jogador a marcar em três finais da Champions, no novo formato. A Juventus, uma das equipas que mais desaires sofreu em finais da prova mais importante de clubes da UEFA, não queria estender a passadeira vermelha para o gigante de Madrid. Não levou a Taça no final, mas Mandzukic marcou um dos melhores golos da final Liga dos Campeões de sempre. Numa jogada de futebol de praia, Alex Sandro dominou, Higuaín recebeu de peito, colocou no dianteiro da Juventus que matou no peito e atirou de costas para a baliza sem hipóteses para Buffon.
Aos 33 minutos, CR7 teve a hipótese de ampliar a vantagem, mas o craque acabou por cabecear torto. Anularam-se assim as duas equipas no primeiro tempo.
O segundo tempo abriu com ritmo lento, pastelão e com qualidade inferior ao futebol explanado na segunda parte. A vecchia signora aparecia mais nervosa no segundo tempo, como que temendo a responsabilidade e a importância do momento.
Aos 61 minutos, o sonho do 'vecchia signora' começava a desmoronar-se e pela bota do ex-portista Casemiro. Depois de um alívio de Chiellini, Casemiro rematou de longe, a bola desviou em Khedira e acabou por trair em Buffon. O guardião começava a ver fugir a chave de ouro que precisava para encerrar em grande a sua carreira.
Três minutos depois, Ronaldo bisava. Cruzou Modric e o português a emendar ao primeiro poste.
Ao minuto 77, Zidane sentindo que a partida estava no bolso, lançou Bale, dando assim oportunidade ao galês para vencer a Liga dos Campeões em casa.
Ainda antes da consagração do Real Madrid, ainda houve tempo para Cuadrado acabar expulso e para o Real Madrid chegar ao quarto golo com um Marco Asensio. Depois de um cruzamento de Marcelo, uma das pérolas da cantera merengue emendou para o fundo da baliza.
E estava feita a história em Cardiff. O Real Madrid é campeão europeu pela 12ª vez.
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