José Mourinho lamenta “profundamente” a primeira página da edição de hoje da Marca, afirmando que o diário desportivo espanhol “atenta contra o prestígio” dele e de Jesualdo Ferreira, dois treinadores portugueses de futebol que “se respeitam e admiram”.
“[Jesualdo Ferreira] Iniciou agora uma nova etapa no futebol espanhol e fá-lo por direito próprio, pelo direito que lhe é dado pela sua experiência, pela sua competência e pelos resultados que obteve”, afirma Mourinho num comunicado enviado à agência Lusa.
A dois dias de o Real Madrid, de José Mourinho, visitar o Málaga, de Jesualdo Ferreira, no estádio La Rosaleda, na sétima jornada da Liga espanhola, a Marca coloca na primeira página o que diz ser a “história do ressentimento Mourinho-Ferreira”.
Com a manchete “Chamou-lhe burro”, o jornal diz que em 2005 José Mourinho fez a seguinte comparação entre si e Jesualdo Ferreira: “Um é um treinador com 30 anos de carreira, o outro com três. O de 30 nunca ganhou nada e o de três já ganhou muito... Esta é a história de um burro que trabalhou 30 anos, mas nunca se tornou um cavalo”.
No comunicado, Mourinho considera, porém, que Jesualdo, tricampeão nacional pelo FC Porto em 2007, 2008 e 2009, é “um treinador com uma história no futebol português”, frisando que o seu percurso “começou com a sua formação académica superior e terminou com a conquista de todos os títulos nacionais”.
José Mourinho diz mesmo que trata Jesualdo Ferreira “respeitosamente” por “Professor”, até porque foi docente na Universidade onde estudou, e garante que tem “uma óptima relação pessoal” com o novo treinador do Málaga.
O técnico do Real Madrid sublinha que a sua relação pessoal com o adversário de sábado se foi “estreitando ao longo dos últimos anos nos múltiplos contactos” que ambos mantiveram, “perdura” e “hoje até se traduz num constante apoio mútuo em momentos importantes” das respectivas carreiras.
Por isso lamenta “profundamente” a primeira página da Marca e acrescenta que esta “atenta contra o prestígio de ambos e transmite uma imagem totalmente falsa de dois treinadores portugueses que não só se respeitam e admiram, como também se sentirão felizes por se irem encontrar num jogo de uma liga tão importante como é a Liga espanhola”.