José Mourinho, treinador do Real Madrid, defendeu hoje que o futebolista internacional português Cristiano Ronaldo terá feito uma «temporada fantástica», mesmo que «não marque mais golos até ao fim» da época 2010/11.

«Mesmo que não marque mais golos até ao fim, a sua temporada terá sido fantástica. Joga sempre no limite das suas capacidades, por isso, se não marcar não há qualquer problema», observou o técnico português, após a vitória por 4-1 na recepção à Real Sociedad.

Ronaldo concretizou dois dos quatro golos dos “merengues” no confronto da 22.ª jornada do campeonato espanhol, aos 20 e 42 minutos, quebrando uma série negativa de quatro encontros sem marcar.

«Contra ele (Ronaldo) não sucede o mesmo do que com outro, perante quem os adversários se desviam, têm receio de meter o pé e ninguém toca. A ele (Ronaldo) tentam pará-lo, mas tem bom corpo e é suficientemente forte para aguentar e prosseguir», advertiu Mourinho.

Ronaldo ultrapassou hoje o argentino Lionel Messi na liderança dos melhores marcadores do campeonato, com 25 remates certeiros, depois de o avançado do FC Barcelona ter feito no sábado um “hat-trick” na vitória por 3-0 sobre o Atlético de Madrid.

Mourinho afirmou ainda que se os seus jogadores fizerem bem o seu papel e terminarem a Liga em segundo, isso não é um problema, mas recordou que apenas por uma vez, quando treinava o Chelsea, ficou em segundo sempre que começou e terminou uma temporada no mesmo clube.

«Depois de ver o Barcelona, o meu sentimento era de que hoje estaria a sete pontos. Com as minhas equipas em todos os campeonatos em que lutei e terminei, temporadas completas, apenas uma vez terminei em segundo. Foi com o Chelsea. Estou aqui para terminar em primeiro, mas se ficar em segundo não há problema», afirmou.

Para o português, «o importante é não oferecer campeonatos». «Lembro-me, com o Chelsea, quando não ganhámos o terceiro campeonato seguido, que o perdemos a dois jogos do fim. Se esta época fizermos bem o nosso papel e terminarmos em segundo, vamos de férias com a cabeça bem alta. Enquanto for matematicamente possível, há que continuar», acrescentou.