Em comunicado, o defesa português refere-se às imagens de um programa de televisão que o acusou de, momentos antes do jogo do passado domingo, estar a dar indicações a Alfredo Sánchez sobre o “onze” que a equipa de Sevilha ia apresentar frente ao Osasuna, clube que representou na época passada.

“É mentira e nas imagens que foram divulgadas, em nenhum momento, se identifica como verdadeira esta falsidade. Pelo contrário, seria o treinador adjunto do Osasuna a informar-me sobre o ‘onze’ inicial do Betis, porque ele já dispunha dessa informação no papel que segurava na mão”, afirma Nelson.

O futebolista garante que foi Alfredo Sánchez quem lhe “disse quem eram os jogadores” e que “o Betis iria jogar com três centrais”. “Quando vi o meu nome na lista, perguntei o que fazia ali, tendo obtido como resposta, que era mesmo assim, já que todos os jogadores do plantel constavam daquela informação", contou.

Afirmando-se leal ao Betis e uma pessoa “intransigente com valores e princípios”, o lateral direito luso diz ter sido vítima de uma “campanha difamatória” que “é grave e terá as suas consequências”.

"Pode demorar um ano ou uma vida, mas lutarei de forma incansável para que o crime não compense. E o que fizeram é um crime jornalístico, chama-se abuso de liberdade de imprensa e os tribunais são o local próprio para discutir a responsabilidade de cada", acrescenta o comunicado.

Depois de agradecer a forma como tem sido tratado pelos elementos do clube, Nelson pede aos sócios que “não se deixem levar por esta calúnia” e que entendam o seu “sofrimento” e a sua “revolta”.

“Sinceramente, espero a compreensão de todos, dirigentes, companheiros, treinadores e adeptos, porque nada fiz de mal. Não sou e nunca fui pessoa de trair os meus princípios. Sou um profissional íntegro, sei quais são os meus direitos, como jogador mas não ignoro os meus deveres. Lamento toda esta situação e prometo que lutarei na justiça pela reposição da verdade e do meu bom-nome”, sublinha.