Uma semana após a derrota com o Barcelona, o treinador do Real Madrid, José Mourinho, salientou este sábado o facto de a equipa liderar isolada o campeonato espanhol de futebol, depois de golear o Sevilha por 6-2, uma diferença que não esperava.

«Repetiu-se em dois anos seguidos, mas não é um resultado normal. O Sevilha é sempre uma equipa difícil. Não esperava isto. Ganhar e ser líder isolado sim, mas não tanta diferença, mas às vezes os jogos transformam-se nisto», afirmou o português.

Mourinho elogiou a "boa reação" dos jogadores à derrota no "clássico" da jornada anterior, sobretudo frente a «uma adversário difícil» como Sevilha, considerando como fator chave do triunfo as duas «defesas incríveis» que Iker Casillas fez na primeira parte.

«A equipa fez um bom trabalho. Com 10, soubemos estar em campo. Tivemos que meter o Arbeloa a central após a expulsão de Pepe, mas os jogadores tiveram um bom espírito de sacrifício», disse Mourinho, qualificando o Angel Di Maria como «um exemplo», que depois de ter viajado à Argentina para o funeral de um familiar fez «um bom jogo».

«Hoje somos líderes isolados», sublinhou Mourinho, lembrando que o Real Madrid venceu 17 dos últimos 18 encontros.

O técnico elogiou depois a exibição de Cristiano Ronaldo, autor de um "hat-trick" no Sanchez Pizjuan, tal como na época passada: «A atuação de Cristiano, para mim, é normal. Para alguns, talvez não. É normal que jogue como jogou, que marque os golos que marcou e queira ajudar a sua equipa. E é normal também que no jogo anterior não marcasse».

O técnico "merengue" disse que o Real Madrid demonstrou «grande eficácia» e foi «melhor do que o adversário», mas reconheceu que «o resultado não reflete a diferença entre as duas equipas».

Nesse sentido, explicou que, quando a equipa da capital ficou com 10, o Sevilha «meteu Kanouté e abriu mais o jogo», e o Real Madrid teve «muito espaço para contra-atacar, apesar de jogar com menos um, e cada contra-ataque era uma ocasião de golo, e cada ocasião de golo foi um golo, e daí o resultado».