O FC Barcelona assumiu hoje a sua “mais enérgica indignação” ao relatório da Audiência Nacional espanhola sobre a contratação do futebolista brasileiro Neymar, emitida na sexta-feira.

De acordo com esse relatório, é possível que os contratos tenham sido “forjados” e levaram a que um juiz tenha aceitado uma ação apresentada por Jordi Cases, um sócio do clube catalão, que visa o presidente do emblema, Sandro Rosell.

Em comunicado, o FC Barcelona considera “insólito”, que o procurador “depois de ter solicitado os contratos com o jogador e as contas anuais do clube, desencadeie novas diligências, sem se preocupar com as declarações do arguido”.

O clube catalão questiona o facto de o procurador solicitar informações, através de cartas rogatórias, a entidades como a FIFA ou o Santos, quando o FC Barcelona disponibilizou a mesma documentação a 26 de dezembro de 2013.

“A decisão do procurador cria dúvidas sobre uma operação impecável e que permitiu ao FC Barcelona contar, por 57 milhões de euros, com um jogador desejado pelos nossos concorrentes. É criticável, também, que se pratiquem novas diligências por condutas que alargam desnecessariamente um processo que sempre considerámos infundado e irresponsável”, acrescenta o clube.

O FC Barcelona considera que a complexidade contratual, “classificada pelo procurador no seu relatório como uma ‘simulação contratual, não constitui um delito”, salientando que, por isso, o mesmo está “a cometer um erro por entender o contrário”.

“Apesar da confiança na boa-fé da Justiça, perante a gravidade dos factos”, o clube anuncia que vai atuar energicamente “em defesa da honra do FC Barcelona e do seu presidente”.