Para muitos o melhor jogador de sempre do real Madrid, Alfredo Di Stéfano marcou o seu nome na história “blanca”. Hoje, a “flecha loira” como ficou conhecido, cumpre o seu 88º aniversário.

Di Stéfano nasceu na Argentina e foi lá que iniciou a sua carreira de futebolista. O River Plate foi o clube que acolheu o jovem que surgiu como um fenómeno do futebol. Em 1945, Di Stéfano fez o seu primeiro e único jogo pelos argentinos nesse ano. Numa equipa do River Plate apelidada de “La Maquina”, o jovem prodígio argentino não tinha espaço. É emprestado no ano a seguir para o Hurácan. Di Stéfano voltaria passado um ano e seria um dos jogadores mas importantes do River.

Da Argentina, o avançado seguiu para os Millonarios da Colômbia. Com Antonio Baéz, Reinaldo Mourin e Hugo Reyes como colegas de equipa, DI Stéfano tornou-se no melhor marcador do clube colombiano com 267 golos em 292 jogos. A qualidade de Di Stéfano começava a mostrar-se e foi depois de um amigável com o Real Madrid que surgiu a proposta europeia.

Real Madrid e Barcelona, os dois grandes de Espanha, queriam o prodígio argentino. Enquanto os merengues negociaram com os Millonarios, os catalães viraram a atenção para o River Plate. O passe de Di Stéfano estava dividido entre os dois clubes e cada um deles vendeu a parte do passe que tinha a um dos clubes espanhóis.

A discussão entre Barcelona e Real Madrid foi presidida pela Federação Espanhola que decidiu dois anos para cada clube. Contudo, O Real Madrid acabaria por vencer a batalha e assegurar, em 1953, Di Stéfano como madrileno sob a alçada do presidente “blanco”, Santiago Bernabeu.

Durante onze anos, Alfredo Di Stéfano deliciou adeptos de Madrid com a sua classe e o seu instinto goleador. Até hoje, é o melhor marcador de sempre do Real Madrid com 418 golos em 510 jogos. O avançado ganhou 18 títulos oficiais em onze anos no período áureo das conquistas europeias do Real Madrid.
Di Stéfano foi sinónimo de brilhantismo mundial por parte do Real Madrid. Entre os 18 títulos conquistados, destacam-se os oito campeonatos, cinco taças europeias e uma taça intercontinental que lhe valeu, por duas vezes, a Bola de Ouro em 1957 e 1958.

Di Stéfano terminou a sua carreira como jogador no Espanhol em 1968. No entanto, manteve-se ligado ao futebol como treinador. Enquanto técnico, esteve ao comando do Elche, Boca Juniors, Rayo Vallecano, Castellón, River Plate e Valencia por três vezes. Di Stéfano chegou inclusive a vencer a liga espanhola pelos valencianos.

Aos 88 anos, continua a ser um dos jogadores mais acarinhados de sempre. Após ter dividido a sua carreira entre Argentina, Colômbia e Espanha será conhecido durante muitos anos como o melhor jogador da história do Real Madrid.