O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, assegurou hoje que, com a morte de Alfredo Di Stéfano, o clube perdeu o maior jogador da sua história e “o melhor futebolista de todos os tempos”.

“Perdemos o maior jogador da história do Real Madrid, o melhor futebolista de todos os tempos. Hoje, o Real Madrid e todo o ‘madridismo’ presente em todo o mundo vivem uma enorme tristeza e um enorme pesar. Aquele futebolista que vestiu a camisola ‘blanca’ pela primeira vez em 23 de setembro de 1953, neste estádio, deixou-nos, mas a sua lenda vai sobreviver eternamente”, disse numa conferência de imprensa no Santiago Bernabéu.

Florentino Pérez descreveu a jornada do falecimento do presidente honorário do clube como um dia de “tristeza absoluta” e destacou o legado do futebolista que ganhou cinco Taças dos Campeões Europeus como jogador, garantindo que “mudou a história” do clube madrileno e do futebol.

"Alfredo Di Stéfano é o Real Madrid. A sua aliança com este clube ajudou a criar o maior mito da história do futebol”, prosseguiu, destacando o papel da “Saeta Loura” como gerador de esperança num momento “difícil” para Espanha, durante a ditadura franquista.

O presidente “blanco”, que se mostrou emocionado, também realçou o papel institucional de Di Stéfano, que permitiu converter os “merengues” no clube “mais admirado do mundo”.

“Não é um dia fácil para nenhum de nós que fazemos parte deste clube, nem para mim, porque, além de presidente honorário, era um amigo. Não posso descrever o que foi para mim viver estes anos com o que é considerado o melhor jogador de todos os tempos”, disse Pérez, que foi quem promoveu Di Stéfano como presidente honorário, em 2000.

O presidente honorário do Real Madrid morreu hoje em Madrid, com 88 anos, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.

Di Stéfano estava internado desde sábado no hospital Gregorio Marañón, de Madrid, onde deu entrada na sequência de uma paragem cardíaca, depois de já ter sofrido um enfarte em 2013.

Nascido na Argentina a 04 de julho de 1926, Di Stéfano jogou no River Plate e no Huracán, no Millonarios, da Colômbia, e esteve 11 anos ao serviço do Real Madrid, entre 1953 e 1964, antes de terminar a carreira de jogador no Espanyol de Barcelona, em 1966.