O presidente do Espanhol de Barcelona, Joan Collet, veio esta quarta-feira a público exigir a promulgação da nova lei de distribuição dos direitos de transmissão da Liga Espanhola. O dirigente do clube catalão exigiu que o Executivo espanhol publique o novo decreto-lei que defina uma distribuição mais equilibrada dos montantes amealhados com a transmissão dos jogos.

"Estamos dispostos a parar a Liga se isto [a lei] não sair em uma, duas ou três semanas. Já falei com clubes como o Valência. Devíamos fazer outra assembleia, mas estamos dispostos [a fazer greve] se o Governo não começa a trabalhar", começou por dizer.

Collet explicou depois sem a publicação do documento é impossível a negociação de novos contratos e lembrou que equipas como o Barcelona e o Real Madrid não podem continuar a amealhar grande parte dos direitos televisivos.

"No campo desportivo, a capacidade que este Governo tem de tornar as coisas ridículas não tem limites. Está a aproximar-se o fim dos contratos de televisão e, como ainda não foi aprovado o decreto-lei, não podemos negociar novos [acordos]. E continuamos com esta vergonha em que dois clubes cobram o que mais nenhum cobra na Europa".

"Porque é que o decreto-lei não sai se todos os clubes estão de acordo? O decreto ainda não foi publicado porque há algum político que atrasa a sua publicação", afirmou o presidente do 9.º classificado da liga espanhola, acrescentando depois que o seu homólogo no Barcelona Josep Maria Bartomeu “está de acordo uma mudança” e que Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, "não disse nada ainda que ainda que se tenha pronunciado mais do que uma vez contra a situação".

A finalizar, o empresário espanhol acredita que o Liga BBVA poderia mesmo adotar o modelo do campeonato inglês, acreditando "não é uma utopia, mas eles levam oito ou dez anos de avanço. Entre outras coisas, só há três horários que são exportáveis [sábados às 16 horas e domingos às 12 e às 17 horas]. A liga espanhola está cada vez mais deteriorada, já não é a melhor liga do mundo, mas sim a Premier League. Além disso, há outros campeonatos que nos podem ultrapassar".