Cristiano Ronaldo concede hoje uma entrevista à revista Visão onde mais do que o jogador, é o homem que está em foco. Da sua personalidade à família, passando pelos luxos e sacrifícios, o craque português do Real Madrid não dribla questões e reconhece ter uma vida "top", embora não esqueça o duro caminho que trilhou até agora.

"Tenho uma vida muito condicionada, vivo para o futebol. Gosto de estar bem, de fazer as coisas bem. Não quero com isto dizer 'coitado do Cris, tem uma vida...'. Não. A minha vida é top, muito boa, mas penso que vou desfrutar mais quando terminar a carreira, porque terei tempo para fazer o que gosto. Podes perguntar: 'Mas o que é que te falta? O teu trabalho é 'de puta madre', tens dinheiro, tens carros, tens casas'. Mas isso não quer dizer tudo. Um exemplo: este sábado adoraria pegar na minha família e nos meus amigos e ir a Las Vegas ver uma luta, que é outra coisa de que gosto, além de ténis de mesa e basquetebol. Mas não tenho tempo. Não me posso lamentar porque me estou a 'sacrificar'. Depois, quero viver como um rei", afirma o jogador do emblema madrileno.

Sem receio de se assumir um exemplo para todos os portugueses, o futebolista de 30 anos garante estar "bem" e "contente". "Tenho uma carreira impressionante, nunca pensei que ia ter uma carreira tão bonita e ainda me faltam muitos anos", vinca Ronaldo, passando ainda ao lado dos críticos e detratores: "Sou muito acarinhado em Portugal e 90 por cento das pessoas gosta de mim. Também tenho quem não goste. Deus também não agradou a todo o mundo. Sinto-me confortável, muito acarinhado pelos portugueses".

Essa atitude, explica o jogador, foi construída no tempo que passou sozinho na juventude, depois de sair do conforto da família para perseguir o sonho de ser jogador de futebol. "Aguento melhor a pressão e sou o profissional que sou pela vida difícil que tive. Nunca tive dúvidas. Sair de casa com 11 anos, ir para um mundo diferente, primeiro em Lisboa, depois em Inglaterra, foi difícil. Dos 11 aos 18 anos ganhei estabilidade. A pessoa que sou deve-se aos momentos que passei sem a minha família, momentos difíceis em que tinha de fazer tudo sozinho como um homem, ao ponto de passar a minha roupa a ferro. Nunca pensei passar a minha roupa a ferro aos 11 anos", confessa.

Sobre o futuro, Cristiano Ronaldo admite continuar a viver em Madrid após o fim da carreira, recusa - de forma algo implícita - uma mudança para Paris (e para o PSG) e garante que terá uma vida fora de futebol, recusando ser treinador ou dirigente depois de pendurar as chuteiras.

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