Análise:

Júlio César – Mal batido no primeiro golo, Júlio César aparentou sempre demasiado nervosismo, acabando por contagiar a sua defesa com uma inusitada intranquilidade. Acabou substituído na segunda parte devido a um traumatismo craniano.

Ruben Amorim – Devolvido à posição de lateral, o médio benfiquista esteve regular no trabalho defensivo e ainda tentou algumas incursões no ataque. No entanto, nem a sua habitual clarividência o salvou da noite de naufrágio colectivo.

Luisão – O capitão costuma ser o pilar da defesa, mas os seus alicerces foram constantemente abalados por Torres.

Sidnei – O brasileiro foi lançado às feras de Anfield após largos meses ausente. Concentrado, não foi por ele que o Benfica encaixou quatro golos, mas a falta de ritmo tornou-se mais visível na segunda parte.

David Luiz – Regressou a um lugar que conhece bem para travar um duelo intenso com Kuyt. O defesa esteve alguns furos abaixo da exuberância habitual e não foi capaz de fazer esquecer Coentrão no apoio ao ataque.

Javi García – Depois de ter sido um dos melhores na primeira mão, o espanhol ficou enredado na teia do Liverpool, completamente perdido em campo.

Carlos Martins – O médio até começou bem, mas com a crescente hegemonia do Liverpool não teve o discernimento para assumir a condução do jogo. Acabou por sair contrariado, depois de demasiados passes errados e algumas tentativas de remate infelizes.

Ramires – Entrou bem nos primeiros minutos a criar pressing e no apoio à defesa. Acabou por ser essa a sua imagem em Anfield, num constante vaivém entre a defesa e o ataque. Cotou-se como a melhor unidade de um Benfica frágil às mãos do Liverpool.

Di María – Que falta fez o argentino ao Benfica no jogo com o Liverpool! O extremo apareceu sem chama e sem capacidade de explosão e nem os dribles ou cruzamentos saíram bem. Uma noite para esquecer.

Aimar – O ‘10’ foi encarregado de apoiar Cardozo, mas a verdade é que era ele quem mais precisava de apoio. Só na segunda parte conseguiu surgir na partida, mas a marcação dos reds foi demasiado impiedosa. Rafa Benitez conhece-o demasiado bem e não lhe facilitou a vida.

Cardozo – Parecia abandonado no ataque durante a primeira parte, tal a distância dele para o resto da equipa. Contudo, teve o mérito de ainda dar esperança à equipa com o seu golo e despede-se da prova como um dos goleadores máximos.

Kardec – O avançado talismã de Marselha entrou com vontade e animou um pouco a equipa com a entrada, mas o quarto golo deitou por terra a já débil inspiração colectiva.

Moreira – Sofreu um golo na primeira vez que foi chamado a intervir, mas nada podia fazer perante a eficácia de Torres.

Coentrão – Entrou com o jogo resolvido, mas fica a dúvida: não teria a defesa benfiquista respondido melhor com a sua titularidade?