O recorde luso (75 tentos, a época passada) foi há muito pulverizado, mas Benfica, FC Porto e Sporting de Braga estão ainda em prova, pelo que os 100 tentos são uma meta atingível já nos “oitavos”, bastando manter a média actual.

Se as equipas sobreviventes conseguirem repetir o registo de 1,875 golos por encontro que Portugal ostenta até agora, a centena será alcançada na segunda “mão”, a 17 de Março, uma semana após os confrontos inaugurais.

Após os 16 avos de final da Liga Europa, fase em que apenas perdeu o Sporting (2-2 na recepção ao Glasgow Rangers, depois do empate a um na Escócia), Portugal passou a somar 90 tentos, já mais 15 do que a melhor marca de sempre.

Os “leões” estão fora, mas deram uma excelente contribuição: marcaram 23 golos, em 12 jogos, ficando ainda assim longe do recorde do clube e também nacional, os 36 tentos de 1963/64, rumo à conquista da Taça das Taças.

Hélder Postiga ficou em “branco” nos “oitavos”, mas foi o melhor marcador dos “leões”, com quatro tentos, mais um do que Maniche, que se tornou esta época o primeiro jogador a marcar golos pelos três “grandes” nas taças europeias (cinco pelo FC Porto e um pelo Benfica).

Também com 23 golos, mas com hipóteses de continuar a somar, segue o FC Porto, graças sobretudo à pontaria do colombiano Falcao, melhor marcador da Liga Europa (oito golos), e do brasileiro Hulk (cinco).

Os comandados de André Villas-Boas seguem com o terceiro melhor registo da história do clube, apenas atrás dos 24 golos de 2001/2002 (16 jogos) e dos 29 de 2002/2003 (13).

Apesar de se ter ficado pelo “play-off”, o Marítimo ainda ocupa um surpreendente terceiro posto entre os clubes que mais contribuíram para os 90 lusos: após escassos 10 golos em 16 jogos europeus, logrou 17 em 2010/2011, em seis jogos.

Os insulares, liderados por três golos de Tchô e Kanu, marcaram seis aos irlandeses do Sporting Fingal, 10 aos galeses do Bangor City, incluindo um 8-2 no Funchal, e ainda um na despedida, face ao BATE Borisov.

O Sporting de Braga, que cumpriu esta época a estreia na Liga dos Campeões, segue logo atrás, com 16 golos, os dois últimos já na Liga Europa, obra de Alan e de Lima (cinco), agora a apenas um de Matheus, que já partiu.

Destaque para os cinco golos apontados ao Sevilha, quatro em pleno Sanchez Pizjuan (4-3), e os dois ao Arsenal, no triunfo caseiro por 2-0.

Por seu lado, e longe do recorde de 29 da época passada (o anterior era de 1964/65, com 27), o Benfica, que entrou directamente na “Champions” e também “tombou” para a Liga Europa, contribuiu com 11, três deles do paraguaio Cardozo.