Menos de um mês após “arrumarem” os russos do CSKA de Moscovo, com dois triunfos (1-0 fora e 2-1 em casa), os novos campeões lusos medem forças com o Spartak de Moscovo, agora para discutir o acesso às meias-finais.

A disputar a segunda competição europeia pela primeira vez desde que conquistou em 2002/2003 a Taça UEFA, sob o comando de José Mourinho, o “onze” de André Villas-Boas é favorito, numa prova em que tem estado irrepreensível.

Em 12 encontros, os portistas venceram 10, cedendo apenas um empate (1-1 com o Besiktas, no Dragão, na fase de grupos) e uma derrota (0-1 na recepção ao Sevilha, após um triunfo em Espanha por 2-1, nos 16 avos de final).

Com o “onze” em pleno, Villas-Boas só terá que controlar alguma eventual euforia, excesso de confiança ou relaxamento, após conquistado, a cinco rondas do final, o principal objectivo da época, o campeonato.

Ao contrário do FC Porto, o Spartak de Moscovo está a iniciar a época - o campeonato russo apenas conta três jornadas disputadas - e segue, para já, num pobre 14.º e antepenúltimo posto, com uma vitória e duas derrotas.

No fim de semana, e enquanto o FC Porto bateu o Benfica e celebrou o título, o conjunto russo, quarto no último campeonato, caiu por 3-1 no reduto do Kuban Krasnodar, onde apenas de salvou o tento apontado pelo ex-portista Ibson.

Em contraste com o percurso interno, o Spartak de Moscovo tem estado em evidência na Liga Europa e, aconteça o que acontecer nos “quartos”, já é a melhor equipa russa na edição 2010/2011 das taças europeias.

Das seis formações que iniciaram, o conjunto moscovita é o único sobrevivente, numa aventura que começou na Liga dos Campeões, onde logrou o terceiro lugar na fase de grupos, atrás de Chelsea e Marselha e à frente do Zilina.

Já esta época, nas “contas” russas, o “onze” de Valeryi Karpin passou duas eliminatórias da Liga Europa, face ao Basileia (3-2 fora e 1-1 em casa) e, de forma ainda mais clara, perante o Ajax (1-0 fora e 3-0 em casa).

Em reduto alheio, o Spartak de Moscovo só perdeu, aliás, em Stamford Bridge, perante o Chelsea (1-4), já que também venceu nos redutos de Marselha e Zilina.

O FC Porto não pode, assim, facilitar, até porque foi precisamente no Estádio do Dragão que sofreu os únicos desaires da temporada: além do Sevilha, também ganharam na casa portista o Benfica (2-0 para a Taça de Portugal) e o Nacional (2-1 para a Taça da Liga).